O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços foi à Câmara falar do trabalho de sua pasta no enfrentamento aos danos provocados pelas chuvas. Rosse estava acompanhado de alguns assessores, como a engenheira elétrica Raína Amim Moreira e o gerente de Manutenção e Obras das Estradas Rurais e Urbanas, Cícero Tavares Santos. Ao final de uma longa exposição, com fala e imagens, o secretário foi cumprimentado por todos vereadores, que também fizeram perguntas. Somente um vereador, o Da Lua, não participou da conversa. Crítico de alguns setores da administração municipal e inimigo declarado do titular da pasta de obras da prefeitura, o vereador, que é secretário recém-eleito do legislativo, abandonou a Mesa Diretora durante todo o tempo da exposição da Infraestrutura. Houve um momento em que Rosse pediu que todos se unissem em favor de Itaúna e que esquecessem as diferenças. Contou que muitas vezes não consegue atender às demandas dos vereadores e da comunidade por causa do excesso de trabalho. Disse que tem dormido pouco e tido problemas familiares devido ao estresse dos últimos dias. Chegou a pedir perdão ao vereador e se emocionou nalgumas falas. Da Lua só reocupou seu lugar na mesa depois que o secretário saiu.
Rosse Andrade, auxiliado pelos dois assessores, elencou todos os danos de maior relevância causados pelas chuvas, como transbordamentos do rio São João e de afluentes, avarias e interdição de estradas rurais, desmoronamento de encostas, crateras nas vias da cidade e estragos em todas as 12 pontes da zona urbana e nove nas comunidades rurais, alguns menores outros de grandes proporções. “Não será fácil consertar tudo. É preciso tempo e muito dinheiro para obras, máquinas e trabalhadores”, disse.
A maior preocupação do secretário é que os problemas não param, segundo as previsões meteorológicas, haverá mais chuva e o terreno, já encharcado, poderá continuar ceder trazendo mais estragos. Os pontos prioritários trazidos por Rosse são os reparos nas pontes, a limpeza do rio São João, do ribeirão dos Capotos e do córrego da Joanica, além da recuperação de estradas rurais. Os investimentos têm que vir do estado, do governo federal e os recursos próprios do município que estão sendo usados a todo o momento nos primeiros socorros. “Eu não tenho medo do trabalho, tenho uma equipe muito boa e a cobrança de minha parte é grande. Mas precisamos nos unir e fortalecer ainda mais para que Itaúna continue sendo modelo para outros municípios. Me ajudem e, por favor, entendam que não estamos de braços cruzados. Estamos trabalhando diuturnamente”, pontuou.
Os vereadores prometeram estar ao lado do secretário para a recuperação de Itaúna. Alguns, porém, bateram na tecla das prioridades que o governo Neider precisa definir, que é de investir nas obras e serviços prejudicados pelas chuvas, até mesmo buscando uma forma de desviar os recursos de empréstimos feitos no ano passado para asfaltamento de ruas e troca de iluminação pública, obras que podem esperar, segundo eles.