Rumores da venda da Santanense voltam com mais força diante da falta de informações da diretoria

Trabalhadores continuam fazendo atos de protestos contra a falta de pagamento e suspensão de benefícios desde dezembro

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Os rumores crescem de que a Cia. Tecidos Santanense foi vendida mesmo e que na próxima segunda-feira os trabalhadores da empresa, que estão afastados do serviço sem receber o salário e os benefícios a que têm direito, serão comunicados oficialmente.

Uma fonte ligada à direção da empresa confirmou ao Jornal S’PASSO que são grandes as especulações sobre a venda da fábrica e que na segunda-feira “vocês vão saber de coisas novas”. Entretanto, a fonte não quis revelar nada sobre a possível negociação da empresa dirigida pelo grupo Coteminas.

A advogada do Sindicato dos Tecelões, Sandra Vítor, disse que a empresa têxtil continua com a produção paralisada e que não tem nenhuma notícia de que a mesma tenha sido vendida, muito menos de que irá regularizar sua situação de inadimplência com os empregados. Esta é a informação, também, dos trabalhadores, pelo menos das lideranças do movimento que reivindica o restabelecimento dos do salário, do vale-refeição e de outros benefícios que foram suspensos no mês passado. A funcionária Vilaine Andrade Carvalho afirmou à reportagem que até o momento, na tarde de sexta-feira, 26, não havia nenhum contato oficial dos dirigentes da Santanense para dar uma satisfação sobre a crise e os tranquilizar acerca da resolução do problema.

Campanha de ajuda nas redes sociais para os trabalhadores

A falta de informações dos dirigentes da Santanense é motivo de indignação dos trabalhadores e alguns já estão passando por dificuldades financeiras para as necessidades básicas, como de alimento. Uma campanha de “Vamos Ajudar” circula nas redes sociais para conseguir alimentos não perecíveis, fraldas e leite para serem doados aos empregados da fábrica.

Para ex-sindicalista, a solução seria transformar a empresa numa cooperativa de trabalhadores

Na segunda-feira (22) um grupo de funcionários da Santanense realizou ato de protesto na porta da empresa e em seguida caminhou até à praça do bairro pedindo o apoio da comunidade. Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos, a vereadora Edênia Alcântara (PDT), a assessoria da deputada Lohanna França (PV) e políticos de esquerda, do PT e do PV, os acompanharam e usaram o microfone para prestar solidariedade e cobrar respostas. 

Os políticos que participaram do ato se comprometeram a seguir juntos com os empregados da Santanense, mas foi o ex-sindicalista e presidente do PT, Geraldino de Souza Filho, o Mirinho, quem sugeriu que os trabalhadores comecem a se mobilizar para juntos assumirem a fábrica de tecidos como um grande empreendimento de trabalhadores, uma cooperativa. Somente assim ela dará lucros e esses serão divididos entre os que produzem.