Saúde vai fazer vistoria nas casas atrás de focos de Dengue, Zika e Chikungunya

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Passadas as chuvas que atingiram a cidade durante vários dias, equipes da Secretaria de Saúde de combate à Dengue, Zika e Chikungunya se preparam para verificar informações para um novo Levantamento Rápido do Índice do Aedes Aegypti (Liraa). Os dados para identificar possíveis focos do mosquito transmissor serão coletados quatro vezes este ano.

O primeiro Liraa de 2022 será realizado entre os dias 24 e 28 deste mês, quando agentes de combate a endemias irão percorrer todos os bairros da cidade realizando vistorias em residências aleatórias, coletando as larvas encontradas e as mesmas serão encaminhadas ao laboratório do setor de Zoonoses.

De acordo com a coordenadora de Vigilância Ambiental, Jordana Vieira, é muito importante que a população entenda e colabore com o trabalho dos agentes. “O excesso de chuvas e, agora, o período de muito calor, são favoráveis ao desenvolvimento do mosquito transmissor. Contamos com a colaboração da população para facilitar que os agentes realizem a vistoria em sua residência para identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito. Cada um pode e deve fazer sua parte, não deixando água parada” ressaltou.

Sintomas parecidos, níveis de gravidade diferentes

Eliminar os criadouros do mosquito aedes aegypti é a melhor estratégia para evitar Dengue, Zika e Chikungunya, doenças que apresentam sinais e sintomas semelhantes, mas têm níveis de gravidade diferentes.

A Dengue comum tem como principais sintomas a febre acima dos 38 graus por mais de cinco dias, dores intensas atrás dos olhos e na cabeça, cansaço, dores fortes nos músculos, falta de apetite e manchas vermelhas na pele. Em sua versão mais radical e perigosa, a Dengue hemorrágica, pode provocar sangramentos na boca, gengivas e nariz, dificuldade de respiração, fortes dores abdominais, confusão mental, boca seca e sede constante. O Zika vírus se caracteriza por dor de cabeça moderada, coceira intensa pelo corpo, surgimento de manchas vermelhas na pele, dor nos ossos e nos músculos, dor de cabeça e crescimento exagerado dos gânglios. Há a possibilidade de ainda vir acompanhada de conjuntivite. Além da transmissão por meio do Aedes aegypti, o Zika também pode ser passado de mãe para filho – podendo causar a microcefalia -, por transplante de órgãos e medula óssea, transfusão sanguínea ou até via sexual. A Chikungunya é conhecida por sintomas muito parecidos como febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. A doença provoca também náusea e inchaços nas articulações. As dores costumam ser maiores, principalmente nas mãos e nos pés.

O último LIRAa

O ano de 2021 fechou com a diminuição de casos de Dengue em Itaúna. Os resultados do 3º LIRAa no ano passado, divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, mostraram que houve redução de contaminações em relação ao último levantamento, em março. Mas a Saúde no município fez advertências sobre os cuidados com o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. O índice de infestação que era de 4,5% no início de 2021 caiu para 2,0% em outubro, ainda distante do 1,0% recomendado pelo Ministério da Saúde. Os bairros que apresentaram maior número de focos no último LIRAa foram Nogueira Machado, Nogueirinha, Aeroporto, Irmãos Auler, Padre Eustáquio, Universitário, Parque Jardim e Santanense.

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