Seis mulheres e um homem estão na disputa das cinco vagas do Conselho Tutelar, que acontece amanhã

Os eleitos neste domingo tomarão posse em janeiro para um mandato de quatro anos

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Será neste domingo (1º/10) a eleição dos novos membros do Conselho Tutelar de Itaúna, vinculado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itaúna. São sete candidatos aptos para a disputa que irá escolher os cinco novos membros do órgão de defesa dos menores em nossa cidade. Os eleitos irão cumprir um mandato de quatro anos, com início em 10 de janeiro de 2024 e término em 9 de janeiro de 2028. O cargo de Conselheiro Tutelar é remunerado, atualmente, em cerca de R$ 4.071,58, para 40 horas semanais. Para as cinco vagas foram habilitados em etapas classificatórias e eliminatórias, como a realização de prova escrita e teste psicológico, e, agora, contarão com o voto popular. São eles os candidatos:

Adriana Mara Guimarães Ramos de Brito

Camila Faria Miranda

Jane Santana Silva Oliveira Afrão

Míriam Cristiam Diniz Dias Guimarães

Sandra Mara de Oliveira Carvalho

Sílvia Ferreira Ribeiro

Washington Pereira da Rocha

A votação será realizada na Escola Estadual José Gonçalves de Melo, no centro de Itaúna, das 8h às 17 horas. O Jornal S’PASSO solicitou a todas as candidatas – e também o único postulante do sexo masculino – que nos trouxesse um pouco de sua história e por que quer ser Conselheira Tutelar. Os textos a seguir foram escritos por eles, sem delimitação de tamanho e espaço.

Adriana Mara

Adriana Mara é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Atendimento Educacional Especializado – AEE, Coordenação Pedagógica, Planejamento e Supervisão. Possui experiência profissional nas redes de ensino municipais e estaduais de Itaúna e região. Atualmente está finalizando a terceira pós-graduação em Educação Inclusiva.

“Quero ser conselheira tutelar em Itaúna por acreditar que a sensibilidade de lidar com crianças e adolescentes, adquirida na minha profissão de educadora, me permite enxergar por vários prismas formas de ajudar a diminuir o risco social dessas pessoas. O cotidiano da sala de aula nos faz vivenciar experiências ímpares, inclusive a de deparar com muitos casos de risco social de crianças e adolescentes. Isso nos leva a entender e conhecer diversos mecanismos e instrumentos para ajudar esses alunos. O Conselho Tutelar é um desses instrumentos. Sempre estive envolvida com trabalhos voluntários, como o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e outros voltados para a família. Essas experiências, somadas à minha formação profissional e à minha vontade de aprender, me motivam a pleitear uma vaga no conselho tutelar. Minha finalidade e objetivo é agregar conhecimento, compreender o funcionamento do conselho e contribuir para que não só as crianças e adolescentes tenham seus direitos garantidos, mas que esse núcleo familiar seja cuidado e respeitado. Dentro deste contexto, minha proposta é trazer resolutividade para os casos assistidos. Também proponho sugerir ações que possam contribuir para o melhor desempenho do conselho tutelar dentro das comunidades, tirando esse estigma de órgão punitivo”. – Adriana Mara

Camila Miranda

Camila Miranda, 30, é formada em Psicologia, tem grande experiência na área de administração e diz que a defesa dos direitos das crianças e adolescentes é uma de suas paixões ao longo de sua atuação profissional. Por anos atuou como diretora executiva em um instituto no terceiro setor, onde pode testemunhar em primeira mão os desafios que nossa juventude enfrenta.

“Hoje, trago essa bagagem de experiência e dedicação para minha campanha ao Conselho Tutelar. Minha missão é clara: garantir que cada criança e adolescente em nossa comunidade tenha a chance de crescer em um ambiente seguro, acolhedor e propício ao seu pleno desenvolvimento. Minha motivação para disputar uma vaga no Conselho Tutelar é profundamente enraizada em minha paixão pela área social. Durante anos, testemunhei as lutas e triunfos de jovens em nossa comunidade, e isso me inspirou a agir de forma mais significativa. Minha experiência e o curso de Psicologia tem me dado ferramentas necessárias para compreender e enfrentar as complexas questões que afetam nossos jovens. Acredito firmemente que cada criança merece crescer em um ambiente seguro, acolhedor e cheio de oportunidades. Como conselheira tutelar, estarei comprometida em ser a voz daqueles que muitas vezes não têm uma. Quero garantir que todos os nossos jovens tenham a chance de alcançar seu pleno potencial, independentemente de suas circunstâncias”. – Camila Miranda

Jane Santana

Jane Santana Silva Oliveira Afrão, 51, casada, mãe de quatro filhos e de uma neta.

“Quero ser Conselheira Tutelar para zelar e garantir que todos os direitos das crianças e adolescentes sejam respeitados. Além de zelar, saber ouvir, entender, aconselhar. Exercendo a função com responsabilidade, respeito, seriedade e dedicação”. – Jane Santana Silva Oliveira Afrão

Míriam Guimarães

Míriam Cristiam Diniz Dias Guimarães, cristã, casada, filha, tia, Conselheira Tutelar, Itaunense.

“Quero ser Conselheira Tutelar novamente para dar continuidade ao meu trabalho. Agora, com minha experiência e conhecimento, quero zelar ainda mais pelo direito da Criança e Adolescente. Sou educadora por graduação, acredito que toda criança tem possibilidade de se desenvolver e crescer. Vencer as dificuldades que as vulnerabilidade e circunstâncias da vida os colocaram. Caminhar com a criança e o núcleo familiar ofertando junto à rede de Proteção à Criança e Adolescente do Município serviços que possam fazer que isto aconteça e garantir a Proteção Integral dos mesmos”. – Míriam Cristiam Diniz Dias Guimarães

Sandra Mara

Sandra Mara de Oliveira Carvalho é graduada em Direito, experiência de três anos como técnica judiciária (escrevente) no Fórum da Comarca de Itaúna, larga experiência em trabalhos voluntários, incluindo em casa de acolhida de crianças e adolescentes (Comunidade Bom Pastor).

“Por que quero ser Conselheira Tutelar de Itaúna? Sou itaunense, nascida e criada, e amo minha cidade e meu povo. Trabalhei no voluntariado em várias frentes, durante grande parte da vida, por querer uma sociedade que apresente condições igualitárias para todos e lutando por isso. Confesso, contudo, que comecei a me interessar pelo Conselho Tutelar nesses últimos três anos e meio em que venho trabalhando na doação de cestas aos nossos irmãos que a situação pandêmica e pós pandêmica prejudicou mais. Estando nas casas das pessoas, em todas as partes da cidade e desenvolvendo um trabalho de escuta e análise das reais necessidades delas, diante da maneira que vivem e problemas que enfrentam, percebi que eles precisam de uma representatividade no Conselho Tutelar, alguém que entenda a situação pela qual os pais estão passando para criar os filhos, muitas vezes em ambiente hostil e também entender as crianças e adolescentes, muitas vezes expostos a esse ambiente. Consegui me enxergar ali, batalhando por eles, clamando por uma justiça social, que às vezes parece estar fora do alcance de tantos. Enfim, é uma missão que quero cumprir, por amor e por dever, estas são minhas motivações”. – Sandra Mara de Oliveira Carvalho

Sílvia Ferreira

Sílvia Ferreira Ribeiro é formada em Gestão Ambiental e Direito pela Universidade de Itaúna. Foi estagiária de Direito na Prefeitura Municipal de Itaúna e na Delegacia de Polícia Civil. Trabalhou ainda como monitora na Escola Municipal Artur Contagem Vilaça, onde tinha contato direto com crianças e acompanhava o desenvolvimento escolar das mesmas.

“Sou Candidata ao Conselho Tutelar de Itaúna pela defesa de nossas Crianças e Adolescentes. Estou comprometida em proteger seus direitos”. – Sílvia Ferreira Ribeiro

Washington Pereira

Washington Pereira da Rocha, 32, tem como profissão Assistente Social/Instrutor de oficinas. É bacharel em Serviço Social, pós graduando em Direito da Criança do Adolescente e do Idoso, em Serviço Social Ética e Direitos Humanos, Políticas Públicas, Arbitragem, Mediação de Conflitos e Práticas em Audiências Pública. Realizou estágios no CREAS (Centro de Referência de Assistência Social) e CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), atuando com os profissionais desses equipamentos na luta da desigualdade social, socioeconômicas e combate e prevenção a violação de direitos da criança, adolescente, mulheres e idosos, atuando também no fortalecimento de vínculos familiares e comunitários através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Atualmente atuando como instrutor de oficinas de Padaria, Confeitaria e Culinária, tendo atuação na Escola Municipal Dona Dorica – Fundação Granja Escola, também atuando nos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), CCI (Centro de Convivência do Idoso) e nas instituições municipais da rede socio-assistêncial da Secretária de Desenvolvimento Social.

“Estou pleiteando a uma vaga no Conselho Tutelar por entender a necessidade e importância do mesmo dentro do nosso município. Como assistente social com pós graduação em direto da criança e do adolescente, sei da necessidade de um trabalho efetivo dentro do Conselho Tutelar para garantia dos direitos das crianças adolescentes e famílias da nossa cidade. Tenho todo respaldo teórico e prático para fazer um bom trabalho como conselheiro tutelar, e nos últimos anos o local de maior destaque das crianças e jovens da nossa cidade tem sido as páginas polícias dos principais meios de comunicação da nossa cidade. Então, venho para trabalhar em prol de mudar essa realidade atual. Sei que será um trabalho árduo e eu não conseguirei sozinho, então buscarei trabalhar com toda rede educação do município, instituições públicas privadas e toda sociedade civil, com o único propósito de garantir o direito das crianças e adolescentes da nossa cidade”. – Washington Pereira da Rocha