Dia 27 de setembro foi comemorado o Dia Nacional da Pessoa Idosa e em Itaúna a programação do Centro de Convivência do Idoso Maria Cândida da Silva se estende por uma semana. Mas em razão da pandemia, segundo a coordenadora do espaço, Helen Fonseca, este ano a comemoração será diferente, de forma online, através da exibição de videoaulas sobre temas variados. “Este ano fizemos uma abertura com um culto evangélico na segunda-feira (28), em seguida foi gravada uma palestra de melhoria na postura e atividades de fisioterapia. Na quarta-feira houve aula de dança e exibição de vídeo de um geriatra, orientando sobre prevenção, tratamento e qualidade de vida. Quinta-feira foi a vez de vídeos com dicas de uma nutricionista, psicólogo e o terapeuta Toninho. Já na sexta-feira passamos uma mensagem de esperança para as idosas”, afirma Helen.
O professor de dança, Juliano Machado, diz que apesar de o Centro estar fechado, ele está mantendo contato por telefone com grande parte das alunas e que o sentimento de saudade é o mesmo. “Sabemos que elas estão sentindo muita falta das atividades, pois muitas me ligam para matar a saudade. O telefone é a ferramenta que temos para aliviar a falta de contato físico e dar conforto ao nosso coração. Na medida do possível, continuamos com nossas atividades de forma online,” conta.
O que elas estão achando
O ócio e o isolamento social assustam, principalmente os idosos que são em sua grande maioria aposentados. Sem poder sair e também interagir, muitos estão tristes em decorrência da pandemia. Alguns dizem estar “sufocados”, por terem as atividades paralisadas por tempo indeterminado. Para saber o que estão achando do novo formato de “comemoração” da Semana do Idoso, o Jornal S’PASSO ouviu as usuárias do Centro de Convivência.
Rosemary Gonçalves Mello, diz que o momento não é nada fácil, pois não consegue realizar atividades online e nem aprender de forma correta. “Sinto falta primeiramente das nossas ginásticas, das conversas e eventos que participávamos no Centro de Convivência. Mesmo sentindo falta, acredito que não podemos retornar às atividades, pois são poucos aqueles que sabem se cuidar corretamente. Enquanto isso não passa, vamos continuar mais isolados, usando máscaras e higienizando as mãos com bastante álcool gel”, ensina.
Célia de Oliveira dos Reis, afirma estar gostando da solução encontrada, mas que as atividades online não são a mesma coisa que as presenciais. “As expectativas são as melhores para o retorno rápido, mas enquanto esse dia não chega, espero que estejam sendo preparados mais materiais e aulas para que possamos encontrar novidades quando retornarmos. O que estou sentindo mais falta é da convivência com minhas amigas”, enfatiza.
Já Maria do Carmo, conhecida pelas amigas como “baianinha”, faz parte do grupo Glamour, que também integra o Centro de Convivência. Ela afirma que não vê a hora da pandemia acabar para poder se reencontrar com as colegas e os professores. “As aulas online ajudam muito, matamos um pouco da saudade, mas gostamos mesmo é do calor humano e da presença das pessoas. Só quero que tudo volte ao normal, pois sinto muita saudade dos professores e das amizades do Centro de Convivência, que é minha segunda casa”, diz emocionada.