O cidadão Otávio Guimarães Campos utilizou o espaço de participação popular da Câmara, para dar voz a um grupo de cerca de 350 serventes que atuam em escolas e creches da rede municipal de ensino. Representando essas trabalhadoras, Otávio leu uma carta em que as serventes denunciam a precarização do trabalho e a insegurança contratual enfrentada por muitas delas há anos — em alguns casos, há décadas.
Segundo o documento, muitas serventes vêm atuando sem vínculo formal estável, em regime considerado precário. A situação se agravou, conforme relataram, com a dispensa de várias profissionais sob a justificativa de ausência de contrato. O grupo denuncia ainda que, paralelamente a essas dispensas, a Prefeitura realizou contratações de pessoas aprovadas em processo seletivo para o cargo de auxiliar de serviços gerais — função que, de acordo com as serventes, não possui as mesmas atribuições nem a formação exigida para atuar com a limpeza e organização de ambientes escolares.
“A substituição de serventes escolares por auxiliares de serviços gerais fere não apenas o princípio da função pública, mas compromete diretamente a qualidade do ambiente escolar”, afirmou Otávio, dando voz à insatisfação das trabalhadoras. Na carta, elas destacam que a atuação em creches e escolas exige profissionais preparados para lidar com um ambiente que envolve crianças e jovens, sendo essencial que os servidores tenham formação e experiência compatíveis com esse universo.
O grupo pede que o Executivo reveja com urgência a atual situação e busque soluções que garantam estabilidade e valorização às serventes. A regularização dos vínculos de trabalho, segundo o documento, seria benéfica não só para as profissionais, mas também para toda a comunidade escolar.
“Não estamos lutando apenas por nossos empregos, mas pela dignidade do trabalho e pela qualidade do serviço prestado às crianças e jovens da nossa cidade”, finaliza a carta.