SALÁRIO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
Reajuste, aumento, correção ou recomposição salarial. O nome pouco importa e alguns se agarraram à semântica para tentar explicar o que deveria ter sido simplificado. Ou melhor, o que deveria ter sido desembolado na Câmara Municipal naquela sessão extraordinária realizada no dia 21 de janeiro. Ocorre que a proposição de reajuste de salário dos servidores, pouco mais de 5%, foi colocada junto com a “recomposição” de remuneração dos agentes públicos: prefeito, vice-prefeita, secretários municipais e vereadores, algo em torno de 22%. Não passou e nem chegou a ser discutida em plenário. Primeiramente haveria de ter acontecido alteração na Lei Orgânica para que fosse permitida a análise da matéria de reajuste salarial do prefeito e demais agentes.
Os servidores perderam sua pequena correção e em que pesem as argumentações de alguns vereadores que se manifestaram pesarosos diante dos encaminhamentos da proposição na Câmara, não houve solução até o momento. A reportagem do Jornal S’PASSO procurou o Sindicato dos Servidores de Itaúna – Sindserv para ouvir o posicionamento da entidade acerca do assunto. O presidente, Renato Glória de Campos, não respondeu aos nossos questionamentos. Preferiu enviar uma cópia de ofício que fora encaminhado ao legislativo no dia 25 de janeiro, quatro dias depois do arquivamento do projeto de lei pela Câmara.
No ofício, assinado pelo presidente Renato, pelo secretário geral, Pedro Miguel Rodrigues e pelos advogados Brendon Filipe Tomaz e Marcos Filipe Oliveira Penido, o Sindserv manifesta necessidade de concessão de “revisão geral anual” dos vencimentos dos servidores municipais. Salienta a mensagem que não se trata de aumento de salário, mas de revisão geral (de 5, 45%), a fim de recompor perdas. O texto termina com um apelo: “a diretoria do Sindserv vem, respeitosamente, à presença de Vossas Excelências suplicar e requerer apoio para a aprovação de lei que concede revisão geral anual (…)”.