“Buzine se apoia a nossa luta por nossos direitos trabalhistas”. Com pequenos cartazes e faixas e um ajuntamento de algumas dezenas de trabalhadores, os empregados da Cia. Tecidos Santanense se reuniram à porta da empresa na manhã desta quinta-feira (18) para sensibilizarem os patrões e a comunidade ante à falta de informações sobre a situação dessa fábrica de tecidos centenária. A empresa estava com os portões fechados e, parece, com reduzido movimento interno.
A situação de incerteza vem desde dezembro de 2022 e nos últimos meses os rumores são assustadores com indícios de fechamento da empresa e demissão em massa de cerca de 800 trabalhadores. Desde o último mês de 2023 eles estão sem pagamento, afastados do serviço, sem benefícios como ticket-refeição e leite. E estão ameaçados – além da perda do emprego – do corte do plano de saúde.
A operária Vilane Andrade Carvalho, ao lado de outros trabalhadores da Cia. Santanense, falou à imprensa presente no evento e aos que passavam pelos portões da fábrica, na rua Dr. Alcides Gonçalves, dos problemas vividos nos últimos meses. O presidente do Sindicato dos Tecelões, Thiago Adilson dos Santos, a advogada Sandra Vítor se colocaram junto com os empregados, mas avisaram que as notícias não são boas uma vez que o diretor Clóvis Gonçalves Nogueira não apresentou nenhuma solução imediata e o presidente da Cia. Santanense, Josué Gomes da Silva sequer atendeu o chamado do celular do Sindicato.
Nova manifestação na segunda-feira
Ante as incertezas, os trabalhadores decidiram por aclamação insistirem em respostas e, se até sexta-feira (19), não forem atendidos, voltarão a se reunir na porta da empresa na segunda-feira (22), às 16 horas, onde irão sair em caminhada para a praça do bairro Santanense.
Apoios políticos e sindicais
A manifestação dos trabalhadores contou com o apoio do Sindicatos dos Metalúrgicos, com a presença do presidente Noel Marcelo de Almeida e outros diretores, do ex-sindicalista Geraldino de Souza Filho, o Mirinho, que é presidente do PT; e da deputada Lohanna França (PV), representada pelo seu assessor Samuel Assis. O dirigente dos Metalúrgicos, Noel Marcelo, criticou a falta de apoio das autoridades do município e cobrou maior participação nos próximos eventos.