Um lixo perigoso para a vida das pessoas e dos animais

Material perfurocortante e cacos de vidro não podem ser descartados juntamente com resíduos comuns, sob o risco de causar acidentes e, até danos à saúde por causa de doenças infectocontagiosas

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A decisão do prefeito Neider Moreira (PSD) de suspender a coleta de lixo dos serviços de saúde no município a partir do dia 30 de novembro reacende a necessidade de se discutir a maneira como esse tipo de lixo é descartado, não somente por empresas dessa área, mas também por residências.

Lixo de empresas de saúde e, também, cacos de vidro, latas, estiletes etc. são perigosos se lançados juntamente com os demais resíduos nas calçadas. O manuseio desse tipo de resíduo tem provocado inúmeros acidentes nos trabalhadores da coleta e da separação de lixo e, como informou a vereadora Edênia Alcântara (PDT), na Câmara Municipal, essa semana, nos últimos dias duas pessoas que trabalham na Cooperativa de Reciclagem e Trabalho de Itaúna se machucaram por causa do mal acondicionamento dos materiais inservíveis.

A responsabilidade da coleta desse material é do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itaúna, por meio da Gerência Superior de Resíduos Sólidos.  Em entrevista ao Jornal S’PASSO, a autarquia esclarece que esse material recolhido, que oferece perigo se não for bem acondicionado, são os chamados perfurocortantes, ou seja, objetos com partes rígidas ou agudas que possuem fios de corte capazes de perfurar ou cortar, como agulhas, lâminas, seringas, vidros quebrados, entre outros. Eles são considerados de risco ao serem manuseados e são capazes de penetrar na pele e, além de machucar, podem infectar a pessoa com agentes como vírus das hepatites B e C e HIV. O SAAE alerta que esses materiais perfurocortantes podem ser extremamente perigosos quando não descartados de forma correta; além de trazer risco aos trabalhadores da coleta de lixo, bem como aos outros envolvidos no ciclo de destino de materiais, como as pessoas que trabalham na triagem dos recicláveis, podem machucar pessoas e animais que mexem no lixo antes dele ser recolhido. Para evitar que isso aconteça, a colaboração do cidadão é fundamental. Por isso, descartá-los de maneira correta é de suma importância.

“Seringas e agulhas devem ser entregues aos postos de saúde, conforme a Lei Municipal 5520 de gestão de resíduos sólidos. Os resíduos de saúde gerados nas residências deverão ser embalados em garrafas “pet” ou vidros com tampa e entregues na Unidade Básica de Saúde que atende a família. São considerados resíduos de saúde domiciliar:

I- Curativos e bandagens de modo geral;

II- Agulhas utilizadas pelos portadores de diabetes ou outras doenças que exijam tratamento diário;

Ill – remédio com prazo de validade vencido;

IV- Material médico hospitalar gerado em residência e demais afins”, orientam.

Empresa particular deverá ser contratada

A gerente superior de Resíduos Sólidos do SAAE, Marina de Souza Nicácio Parreiras, pontua que os estabelecimentos que produzem resíduos de serviços de saúde, como farmácias, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios etc., deverão contratar empresa especializada para realizar desde a coleta até o tratamento e destinação correta deste tipo de resíduo, conforme a demanda do estabelecimento, segundo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Os resíduos de serviços de saúde são altamente perigosos devido à possibilidade de perfurações, contaminação biológica e propagação de doenças contagiosas no ambiente. Por isso é tão importante segregar e destinar adequadamente os resíduos produzidos para que possamos conservar o meio em que vivemos! Eles não são recicláveis e não podem ser levados para o aterro sanitário”, destaca Marina Parreiras.

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