O clima lá no Alto do Rosário na tarde noite de quinta-feira (8) era de prenúncio da grande festa em homenagem à Nossa Senhora do Rosário, no dia 15 de agosto. Aos poucos os congadeiros chegavam e se reuniam com os visitantes, muitos vindos de outras cidades, especialmente de Belo Horizonte, que iriam participar do “Cortejo da Cultura”. O evento, realizado pela OSC Vokuim em parceria com a Rede Mineira de Pontos de Cultura e apoio do Ministério da Cultura, acontece em Itaúna até o próximo domingo (11), reunindo diversos agentes culturais e artistas de todo o estado.
O “Cortejo da Cultura: reconstrução pela base” reúne mais de cem representantes de grupos, coletivos e entidades culturais e artísticas, mestres e mestras das culturas populares e tradicionais de Minas Gerais. A proposta do encontro é promover atividades de formação e articulação entre esses diversos atores ligados à cultura, celebrando e fortalecendo a Política Nacional Cultura Viva.
No Alto do Rosário aconteceram os encontros das guardas de Moçambique de Santa Efigênia, sob o comando de Jéferson Gregório; e do Candombe, de Nossa Senhora do Rosário, formada apenas por mulheres, dirigida por Joana D’Arc.
Na pequena capela sede da Irmandade das Sete Guardas, foi rezado o terço com a presença da Rainha Perpétua de Santa Efigênia, Samara Regina Ferreira; do rei e da rainha Congo, Dilermando Vítor e Maria Ana e dos príncipes Ana Cecília e Miguel Marra. Na capela de Nossa Senhora do Rosário, antiga “igreja de baixo”, eram realizadas a novena e, posteriormente, a missa celebrada pelo padre Élder Alves Diniz.
O ‘Cortejo da Cultura’ aconteceu com a procissão das duas guardas e de um grande número de pessoas pelas ruas rumo ao centro da cidade: Praça Manoel Pinto Moreira, Rua Gonçalves da Guia, rua Diógenes Nogueira, Avenida Getúlio Vargas e Rua Antônio Corradi. No Espaço Cultural Adelino Pereira Quadros foi realizada a abertura oficial do evento, com palestras de lideranças da cultura popular.
