Vacina nonavalente contra HPV pode prevenir até 90% dos casos de câncer de colo de útero

Segundo o INCA, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre mulheres no Brasil, com 17 mil novos casos estimados para 2023

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Anualmente, cerca de 30 mil brasileiros são diagnosticados com algum tipo de tumor que afeta o sistema reprodutor, como o câncer de colo de útero, vulva, vagina, canal anal, pênis, além de boca e garganta. A vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano) é considerada uma estratégia extremamente eficaz no combate de alguns desses tumores tanto em homens quanto em mulheres. A partir deste mês, está disponível no mercado brasileiro a Gardasil 9, a vacina nonavalente indicada para meninos e meninas, homens e mulheres de 9 a 45 anos.

A doença

O câncer de colo de útero, excluídos os casos de câncer de pele não melanoma, é o terceiro tipo mais incidente. Em 2023, o Instituto Nacional do Câncer estima 17 mil novos casos, o que representa um risco de 13 casos a cada 100 mil mulheres.  Os dados são ainda mais alarmantes por esse se tratar de um tumor altamente evitável, visto que o câncer do colo do útero está diretamente relacionado à infecção persistente por alguns subtipos do vírus HPV (Papilomavírus Humano).

Os tabus em torno do HPV, que se trata de uma IST, Infecção Sexualmente Transmissível, e a falta de informação sobre sua relação com o desenvolvimento de diversos tumores faz com que muitas mulheres cheguem ao consultório com lesões em estágio avançado.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, o câncer do colo do útero é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, sendo responsável por aproximadamente 28 mil óbitos anuais altamente evitáveis na região. No entanto, apesar de essa neoplasia ser a mais comumente relacionada ao HPV, a infecção pelo papilomavírus humano é fator de risco para outros tumores, inclusive em homens, como o câncer anal.