Vacinação infantil começa na próxima quarta-feira em Itaúna

Serão vacinadas crianças de cinco a 11 anos com deficiência permanente ou comorbidades

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Se a chegada da nova variante da Covid-19, denominada Ômicron, está presente na vida das pessoas e tem sido apontada como responsável pelo aumento de casos de contaminação, o início da vacinação das crianças a partir dos cinco anos traz novas expetativas de que a pandemia pode ser contida, principalmente porque a imunização de todos os públicos é comprovadamente a medida mais eficaz para o controle do coronavírus. Ainda cercada de muita polêmica, a campanha de vacinação das crianças, fez com que autoridades sanitárias do país enfrentassem alguns setores do governo federal, como o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), contrário à imunização e a outros protocolos sanitários.  

A despeito dessa situação polêmica os imunizantes estão sendo disponibilizados aos municípios e na próxima semana a Secretaria Municipal de Saúde irá aplicar vacina da Pfizer, em crianças de cinco a 11 anos, que tenham deficiência permanente ou comorbidades. O cadastro será feito nessa segunda-feira, dia 24, a partir das 8h pelo site: vacina.itauna.mg.gov.br. A vacinação, com 240 doses disponíveis, será no dia 26, das 8h às 10 horas, no  estacionamento da Avacci, no bairro Morada Nova.

Para a imunização é obrigatória a apresentação cartão de vacina da criança; Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade da criança com CPF ou cartão nacional do SUS; autorização preenchida, conforme modelo próprio disponível no site da Prefeitura, se os pais da criança não estiverem presentes no momento da vacinação; xerox do documento de identificação de quem assina a autorização, além do comprovante da comorbidade. É obrigatória também a presença de um dos pais ou responsáveis pela criança.

Pediatra Alan Penido afirma que as vacinas são a principal arma contra doenças contagiosas

Médico diz que o imunizante infantil será eficaz no tratamento do coronavírus como a vacinação contra a paralisia infantil, sarampo e meningite foi no passado

Em entrevista ao Jornal S’PASSO o médico pediatra Alan Penido defendeu a vacina para crianças e reafirmou que a ciência deve prevalecer neste instante de pandemia pois, “basta ver os dados de antes e depois de qualquer vacinação para chegar à conclusão de que as vacinas são a principal arma contra doenças contagiosas”. 

Itaunense, formado em Medicina pela UFMG e pós graduado em Pediatria e Neonatologia pela Associação Médica de Minas Gerais, Alan Penido atuou como pediatra concursado do Inamps, onde foi chefe de Medicina Social. Também foi pediatra concursado da Polícia Militar em Itaúna e diretor clínico do Hospital Manoel Gonçalves por dois períodos. Hoje se dedica à genealogia e é membro do Instituto Maria de Castro e da Associação Brasileira de Pesquisadores em História e Genealogia (Asbrap).

Em entrevista ao Jornal S´Passo, ele destaca que se fizermos um paralelo entre vários períodos da história do Brasil em que as vacinas estiveram presentes no combate às doenças contagiosas, será possível compreender a importância da imunização para a erradicação de doenças e garantia da vida das pessoas. “Basta lembrar de doenças virais como a paralisia infantil e sarampo; ou as bacterianas, como a meningite para recordar surtos que foram debelados por causa das campanhas de vacinação. Assim também acontece agora contra a Covid, quando a vacina será mais uma vez vencedora, tenho certeza”, considerou o médico.

O pediatra explica que a vacinação infantil precisa acontecer em massa, de forma segura e eficaz. “Precisamos atender as recomendações da ciência, como distanciamento, higienização e diagnóstico precoce para diminuir a transmissão. E é preciso lembrar que todas essas doenças são “evitáveis”, salientou.  

Extinguir os leitos do CTI Covid é absurdo

O médico também falou sobre a decisão do governo federal que irá extinguir os leitos de CTI Covid, criados no ano passado, afetando de maneira prejudicial Itaúna, com impactos no Hospital Manoel Gonçalves. “Não precisamos dizer que esta medida é absurda. Os dados confirmando o aumento de casos e de internações logo farão tal medida cair por terra”, afirmou. 

O pediatra considerou ainda que é temerária a decisão de voltar com as aulas presenciais sem que as crianças tenham sido vacinadas. “Bastaria adiar o retorno às salas de aula por um mês, tempo suficiente para que toda a população escolar fosse vacinada.

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