Causou estranheza no público que assistiu à reunião da Câmara na terça-feira (12) a apresentação e aprovação quase que unânime, somente um voto contrário, do projeto de lei que reconhece no município o 28 de março como o dia dos colecionadores, atiradores e caçadores. Ainda de acordo com a proposição, as práticas de matar animais, ainda que permitido por lei, serão tidas como atividade de risco, configurando efetiva necessidade e exposição à situação de risco à vida. Para tanto, o projeto de lei, de autoria do vereador Nesval Júnior (PSD), tem como objetivo reconhecer o risco da atividade e ameaça à integridade física dos Colecionadores, Atiradores esportivos e Caçadores, CAC’s, no âmbito do município de Itaúna.
Segundo o projeto de lei é importante fazer este reconhecimento, pois faz parte do cotidiano dos CAC’s, ou seja, a guarda e transporte de bens de alto valor e grande interesse de criminosos como armas e munições, e por não ter meios de defesa tornam-se presas fáceis a ataques durante a rotina diária e particularmente vulneráveis quando entrando ou saindo de suas residências e locais de trabalho, deixando o acervo totalmente exposto.
O único voto contrário foi da vereadora Edênia Alcântara (PDT) que afirmou preocupar-se muito com a política armamentista defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente pelos riscos à vida das pessoas e ao meio ambiente. A vereadora Carol Faria (Avante), tida como defensora da causa animal no município, não fez qualquer comentário acerca da proposição do colega Nesval.