A falta do atendimento médico da Secretaria de Saúde para as cirurgias eletivas em Itaúna foi novamente cobrada pelo vereador Antônio de Miranda Silva (PSC), na reunião do legislativo no início dessa semana. Ele reafirmou que tem muita gente aguardando na fila para o atendimento há muito tempo. São cirurgias de rins, de vesícula, de hérnia, ortopédicas, de otorrino e oftalmológicas e algumas podem ser realizadas no Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas Dr. Ovídio Nogueira Machado. “Já falei aqui várias vezes e as pessoas estão aguardando há anos. Hoje fui informado pela Secretaria de Saúde de que não existem médicos contratados para algumas cirurgias. Ora, essa não pode ser a justificativa. Muitas pessoas, que não podem pagar o tratamento particular, estão sem esperança de que possam conseguir essa cirurgia. É preciso que a Prefeitura corra atrás do prejuízo do período da pandemia e faça como outras cidades, contrate mais médicos, faça um mutirão para as cirurgias eletivas. Muitos não conseguiram esperar e morreram antes da liberação de seu atendimento. Espero que o prefeito nos ouça, ouça essa casa e que tenha foco na saúde do cidadão”, pontuou.
Mudança na administração do Hospital poderá trazer soluções para o problema
Ouvido pela reportagem do Jornal S’PASSO, o secretário municipal de Saúde Fernando Meira de Faria afirmou que a questão das cirurgias eletivas é muito complexa e nem sempre a sua realização depende exclusivamente da Secretaria de Saúde, mas sim dos prestadores dos serviços. “Sobre o atendimento do CEMO Dr. Ovídio, pelo contrário, nunca esteve fazendo tanto como agora. A gente tem um limite de atuação porque ali é uma unidade ambulatorial e, ainda assim, estamos realizando algumas cirurgias que são consideradas ambulatoriais, fazendo algumas cirurgias ortopédicas mais simples. As cirurgias eletivas como um todo são realizadas em âmbito hospitalar. Então, a gente precisa que os prestadores, que são contratados, conveniados, onde a Secretaria de Saúde tem a possibilidade de realizar, estejam executando. No caso de Itaúna o maior prestador desse tipo de procedimento é o Hospital Manoel Gonçalves, principalmente aquelas cirurgias que são consideradas de média complexidade”, explica.
A crise econômico-financeira vivenciada pelo Hospital Manoel Gonçalves vem impactando negativamente a realização das cirurgias eletivas e a Secretaria de Saúde tem buscado alternativas para que sejam feitas noutras unidades, além de tratativas para as de média e alta complexidades. “Mas a gente precisa que o Hospital Manoel Gonçalves retome o ritmo de suas cirurgias eletivas, que nesse período pós-pandemia está bastante exacerbado. Muitas cirurgias deixaram de ser feitas e realmente gerou um acúmulo. Todos nós sabemos das dificuldades do Hospital, mas estamos cobrando do prestador a realização das cirurgias eletivas. Então, como eu falei anteriormente, não é uma resposta simples, não depende exclusivamente da Secretaria de Saúde, que tem um limite de ação. Não estamos inertes, estamos cobrando. Esperamos que nesse processo de ajuste e reajuste da administração do hospital a situação possa se resolver”, enfatizou.
