Na Câmara, a vereadora Márcia Cristina Santos (Patriota) revelou um caso pessoal, ocorrido com sua mãe, para ilustrar a situação de pacientes que estão aguardando em fila de exames de raio X, por longos meses. Ela disse que a mãe aguardou quase oito meses pelo atendimento e estava próxima de desistir e realizá-lo de forma particular, mas esperou apenas para constatar a demora desse tipo de atendimento no Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas Dr. Ovídio Nogueira Machado (CEMO), no bairro Morada Nova, desde que houve mudança na política de marcação do serviço.
Antes a demanda era atendida com marcação diária de fichas e hoje é por agendamento. De acordo com o secretário de Saúde, Fernando Meira de Faria, o setor de atendimento de rádio imagem do CEMO teve ampla expansão desde 2017, com a digitalização do raio X, aquisição do mamógrafo digital, aparelho de densitometria óssea e a contratação de mais profissionais. “São novos exames que não existiam na cidade e que aumentaram a demanda no setor. Lembro ainda que a gente trouxe aquele ambulatório de retorno de ortopedia, de controle de fraturas e de cirurgias ortopédicas, que funcionava no pronto-socorro do Hospital Manoel Gonçalves, para dentro do CEMO. Fundamos um ambulatório de ortopedia, específico para esse tipo de público, vindo do Hospital e isso demanda do setor de imagem muitos exames, porque certamente são pessoas que precisam fazer radiografia de controle por muito tempo. Então, somado a isso, existe uma demanda muito grande e funcionamos desde 2017 de forma ininterrupta, sem paralisações. O tempo de espera hoje por exames radiológicos, eletivos e sem urgência, é em torno de três a quatro meses. Estamos tentando diminuir este tempo e, em breve, vamos realizar mutirões em finais de semana para reduzir os números. Porém, aqueles que precisam de exames de urgência, descritos nos pedidos, são feitos em poucos dias”, esclareceu.