Na reunião da Câmara Municipal de ontem (21), o vereador Giordane Alberto (PV) apresentou uma moção de apelo pedindo que os deputados estaduais mantenham o veto do governador Romeu Zema ao projeto que prevê multa para as empresas que praticarem atos discriminatórios em virtude da orientação sexual da vítima.
O pedido do vereador gerou polêmica e discussão no plenário, após o posicionamento da pedetista Edênia Alcântara. A parlamentar de primeiro mandato reforçou que o Brasil é o país líder em assassinatos de pessoas trans no mundo, e que faltam legislações eficientes que possam garantir segurança à comunidade LGBTQI+.
Edênia, secretária da mesa diretora responsável por ler as pautas a serem discutidas, se recusou a terminar a leitura da moção. “Fiquei muito abalada”, afirmou.
Giordane Alberto, por outro lado, argumentou que está preocupado com a possibilidade de penalizar empresas por um assunto polêmico. Finalizando, o vereador tentou conciliar a fala: “Respeito o posicionamento sexual de qualquer pessoa, tenho familiares que têm sua opção sexual e tenho um carinho muito grande com todos”.
O debate sobre sobre orientação sexual, família e representatividade se arrastou por mais de 30 minutos. Kaio Guimarães (PSC) e Gustavo Barbosa (PATRIOTA) parabenizaram o posicionamento de Giordane, também pedindo para que os deputados mantenham o veto.
Edênia destacou a falta de conhecimento dos colegas vereadores sobre as questões de gênero ao alertar a fala de Kaio: “O termo correto a ser usado não é homem que se sente mulher, e sim mulher trans”. Inocentemente, Toinzinho questinou: “Qual é a diferença do homossexual para mulher trans?”.
Márcia Cristina (PATRIOTA) pediu para que a votação da moção de apelo fosse adiada para a próxima semana, por se tratar de uma matéria polêmica e que precisa de estudo. Os votos dos parlamentares Giordane, Kaio e Ener contra o pedido de adiamento não foram suficientes para barrar o atraso da pauta.
Não é a primeira vez que Giordane Alberto traz à Câmara pautas deste tipo. Em janeiro de 2020, o vereador apresentou uma moção de repúdio ao filme “A Primeira Tentação de Cristo”, da produtora Porta dos Fundos.
À época, Giordane afirmou que moção era uma resposta aos conteúdos “lacradores, propagandistas de agendas ideológicas avessas aos valores da sociedade e da família cristã”.
Parabéns Geordane!
Nós que não somente pelo livre arbítrio mas pela vontade de Deus “AINDA” trabalhamos, nascemos brancos, não somos deficientes, ainda não somos idosos, não estamos gestantes, ou somos do sexo masculino, já estamos nos sentindo discriminados por não pertencer à nenhum grupo de minoria.
Gente é Gente e “.” .Não quero ser pior que ninguém…