Zona Azul Rápida esclarece que continua à frente do serviço de estacionamento rotativo em Itaúna

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O administrador explica que é fundamental que o motorista tenha consciência da necessidade de pagar pela utilização da vaga, a fim de colaborar com o município e evitar notificações indesejadas  

Recentemente circulou na cidade a notícia de que o Estacionamento Rotativo estava inativo. A informação foi contestada pela gerente superior de Trânsito e Transporte da Prefeitura, Cíntia Valadares, numa reportagem do Jornal S’PASSO e, essa semana por Welton Ramos, Executivo de Negócios, Tecnologia e Serviços da empresa IT2B, que administra o estacionamento rotativo em Itaúna desde 2019. Aqui, o serviço recebeu a denominação de ZAR (Zona Azul Rápida). O projeto do estacionamento digital, segundo o administrador, é uma realidade e é desta forma que os governos vão melhorar os serviços prestados.

“Podemos até jogar nas loterias sem ir a uma lotérica física e sem ter um comprovante. Já não precisamos portar alguns documentos como CNH e todo programa social do governo, que incluiu milhões de pessoas, pode ser acessado sem ter um cartão físico ou ter que ir numa agência física para abrir uma conta corrente. Até a moeda como meio circulante está virtual com TED e agora o PIX, que em segundos podemos realizar transações financeiras de qualquer lugar, em qualquer horário”, considera.

A implantação do ZAR – Zona Azul Rápida em Itaúna, conta Ramos, trouxe essa agilidade e dinâmica no serviço de estacionamento rotativo para a cidade e para a população.

Sobre as reclamações e críticas com relação ao serviço e à cobrança de “multas” no início das atividades da ZAR, o dirigente do órgão explica que nunca foi aplicada qualquer tipo de multa. Ele destaca que “o que existia era um recurso legal, uma “notificação de irregularidade”, destinada aos condutores de veículos estacionados em situação irregular. Esse instrumento é utilizado em várias cidades do país e é uma cobrança diferenciada para quem utiliza o estacionamento e, principalmente a oportunidade de o munícipe regularizar a situação, sem ser multado e perder pontos na CNH”. Apesar da justificativa, uma Lei aprovada na Câmara derrubou o expediente.

Futuramente não haverá monitores na rua e serviço será totalmente virtual

Com relação a essas cobranças, Ramos esclarece que a Prefeitura é a responsável pela efetiva fiscalização, com o apoio da Polícia Militar e que dezenas de motoristas foram notificados nos últimos dias. “Com o aumento da fiscalização pela PM, a tendência é que esse número cresça, caso o usuário não regularize sua situação ao estacionar”, explica.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), estacionar em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização é infração grave, passível de multa de R$ 195,23, perda de cinco pontos na carteira de habilitação e remoção do veículo.

Monitores

Outro ponto trazido pela reportagem e alvo de várias críticas dos usuários diz respeito aos monitores da ZAR. Frequentemente é questionada a atuação desses profissionais, que trabalham nas ruas. A reclamação maior é ausência deles em lugares de grande movimento, o que inviabiliza a aplicação do serviço e motiva inúmeras queixas. O executivo da ITB2, salienta que a quantidade de monitores obedece ao quantitativo previsto em contrato e que a principal função deles é ser um facilitador do processo, e não ser o agente principal para venda dos tickets.

“Inicialmente o munícipe precisa utilizar os outros recursos, que são a compra pelo aplicativo, site ou revendas. Na maioria das cidades com esse tipo de tecnologia não existe a figura do monitor. Tudo é feito de forma digital. Daqui a um tempo, os motoristas de Itaúna vão se acostumar e utilizarão os monitores o mínimo possível. É o que ocorre em toda cidade com esse tipo de tecnologia”, ressalta.

Serviço afetado pela pandemia

Acerca da arrecadação mensal do estacionamento rotativo, bem como o repasse que é feito à prefeitura e a sua utilização, Welton Ramos pontua que como todo negócio, a ZAR também foi impactada negativamente pela pandemia da Covid-19. Assim, o serviço teve que ser remodelado para continuar operando de forma satisfatória, a fim de atender ao usuário e à empresa administradora. Ramos confessa que durante vários meses o serviço está sendo operando em prejuízo, pois a arrecadação hoje está em torno de 10% do estimado. Ainda assim, ele diz que foi realizado um grande investimento na cidade, com sinalização, infraestrutura, alteração do sistema, contratação de profissionais e que 27% de todo valor arrecadado pela ZAR retornam para os cofres da Prefeitura. Esses valores são convertidos em melhorias para o trânsito da cidade, através da Gerência de Trânsito e Transportes, subordinada à Secretaria Municipal de Regulação Urbana.

“É fundamental que o munícipe tenha consciência da necessidade de pagar pela utilização da vaga do estacionamento rotativo, pois dessa forma evitará multas, e ainda colaborará com melhorias na cidade”, finaliza.

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