As manhãs de sábado na Praça da Matriz

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Sábado na Praça da Matriz

É sábado de manhã. A praça Dr. Augusto Gonçalves, carinhosa e historicamente chamada de Praça da Matriz, vive momentos mágicos, com inúmeros personagens do nosso cotidiano. Lá estão o João José e artistas da música amadora no caminhão ou na kombi da alegria; o Maurício Paulino, com o “clube da vitrola” e as músicas que fizeram época nos LPs do passado; o Baiano e os instrumentos de percussão; o mestre Filhote e os grupos de capoeira; o Toninho da banca Via Cultural, as barracas dos artesãos da Feirart, os estudantes da Universidade de Itaúna com trabalhos de extensão de curso, a feira de adoção de cães e gatos… Na Praça da Matriz tem gente que vai, tem gente que vem, tem gente que passa, somente, uns apressados, outros devagar. Aonde vão não sabemos, mas sabemos que não passam em vão.

Na Praça da Matriz tem as rodinhas que discutem questões políticas e econômicas do momento. Têm os políticos – de esquerda e de direita – que vendem candidatos e ideologias. Outro dia, havia os colecionadores de figurinhas em todos os cantos da Praça da Matriz: crianças pequenas e grandes querendo trocar suas figuras repetidas. E na Praça da Matriz tem cachorro, vendedores de coisas, gente engraçada, gente séria, gente sozinha, gente acompanhada…

A Praça da Matriz nessas manhãs é um colosso de sonhos e possibilidades porque o dia é sábado e no sábado tudo pode acontecer.