Foi inaugurado esta semana na Comunidade Terapêutica Mães e Filhos, a confeitaria da instituição, que irá beneficiar com atividades profissionalizantes de culinária as assistidas desta instituição que acolhe mulheres em tratamento contra a dependência química. O projeto da Confeitaria Mães e Filhos, como explica Marcílio de Assis, um dos dirigentes da instituição, é um sonho antigo acalentado por seus parceiros e desenvolvido agora pela chef Karolina Rodrigues, para que as mulheres que estão em tratamento da dependência tenham mais um aprendizado para se ocuparem e uma formação profissional que irá garantir-lhes perspectivas no mercado de trabalho. Além disso, com a confeitaria, a comunidade terapêutica contará com renda extra para suas atividades e, também, para ações do projeto “Renascer”, que cuida de pessoas em situação de rua.
A responsável pelo ateliê da Mães e Filhos, Jéssica Martins de Castro, reafirma que todas as atividades ali desenvolvidas têm foco na recuperação e no amparo às mulheres em situação de rua, no tratamento contra o vício do álcool e das drogas. “Trabalhamos com quem que já se recuperou e hoje trabalha com a gente no Ateliê. Nossa atividade é toda voltada para instituição, com o apoio de várias pessoas, sob a coordenação da Janete e do Marcílio. Sou responsável pelo ateliê, pela produção e pelas vendas dos produtos. Estou na comunidade terapêutica há três anos, iniciei como monitora ajudando a cuidar das acolhidas e hoje toda renda arrecadada é para auxiliar nos seus projetos sociais. Aqui no Ateliê temos pessoas que eram dependentes químicos, que não tinham mais motivação para viver, desacreditadas de si mesmo. Com esse trabalho pudemos mostrar a elas o seu valor, que são capazes. Agora, com a concretização do projeto da Confeitaria, temos mais uma oportunidade para que a comunidade possa atuar junto dessas pessoas e elas possam se destacar também”, opinou.
A missão é ajudar as mães a terem uma nova oportunidade na vida
A chef Karol Rodrigues, responsável pela Confeitaria, conhece o projeto da “Mães e Filhos” desde o começo e diz que sempre admirou a proposta. Em 2021, Karol perdeu um filho jovem e interrompeu por quase dois anos as atividades de confeiteira. Depois disso começou um trabalho voluntário na Comunidade Mães e Filhos. “Fui me apaixonando por essa obra que me despertou novamente o amor pela confeitaria. Vi que através dessa profissão eu poderia ajudar aquelas mães e filhas, a terem uma nova oportunidade na vida. A intenção é que a confeitaria seja uma fonte de renda para essas pessoas e que possa oferecer um emprego digno para nossa equipe voluntária.