A MG-431, que liga Pará de Minas à BR-381, passando por Itaúna e Itatiaiuçu, tem registrado intenso tráfego de caminhões de transporte de minério, realidade que contrasta com a infraestrutura da via, praticamente inalterada há décadas. Diante desse cenário, a instalação de redutores de velocidade — os chamados quebra-molas — tem sido adotada em pontos estratégicos da rodovia para tentar minimizar acidentes.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, a responsabilidade pela instalação dos dispositivos recai sobre os trechos da MG-431 que foram transferidos à administração municipal, como já ocorreu nos limites urbanos de Pará de Minas e Itatiaiuçu.
Em Itaúna, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade já aprovou o plano da Prefeitura para assumir a gestão de parte da rodovia, próximo ao trevo do bairro Padre Eustáquio — local com histórico de acidentes, incluindo um grave ocorrido em 18 de maio, que resultou na morte de duas pessoas em uma motocicleta.
Radares no programa de segurança
Estudos realizados anteriormente apontaram a necessidade de instalação de 17 radares de controle de velocidade ao longo da MG-431: 13 deles localizados em Itaúna, um em Itatiaiuçu e três na região de Pará de Minas. As velocidades regulamentadas variam entre 40 km/h e 60 km/h, conforme o local. O objetivo é oferecer condições mais seguras para motoristas e pedestres e reduzir o número de acidentes. O radar mais recente foi instalado em janeiro de 2024; os primeiros entraram em operação em 2017.
Acessos dependem de iniciativa privada
Com relação à criação de acessos a comunidades localizadas às margens da rodovia, como Barragem do Benfica, Recanto Jussara, Condomínio Lago do Sol, Iate Clube, além das estradas do Córrego do Soldado e da Comunidade dos Chaves, o DER-MG informou que essas ações devem ser propostas pelos empreendedores interessados.
Desde fevereiro, está disponível no site do DER-MG o serviço online para solicitação de uso da faixa de domínio das rodovias estaduais. O processo exige, após a solicitação, a apresentação de um projeto técnico adequado às normas do departamento. Uma vez aprovado, o responsável pelo projeto terá até dois anos para iniciar as obras, utilizando recursos próprios.