‘Vem que vem’ não vem, e ‘Deu no que Deu’ não sai; novos blocos entram

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O carnavaliza Itaúna teve dez blocos inscritos, mas na última, duas agremiações, o “Deu no que Deu” e o “Vem que Vem”, comunicaram que não vão desfilar. O Deu no que Deu, chamado por seu criador, Manoel de Souza Ribeiro Júnior, conhecido como ‘Manel da Zinha’ como “Bloco das Estrelas”, sempre fez bonito na avenida e, nos últimos anos, arrastou muitos foliões. Porém, vai ficar fora da festa este ano. Em entrevista ao Jornal S’PASSO, o carnavalesco contou que o bloco não vai sair, por causa de divergências com outras agremiações.  

A imagem pode conter: flor e natureza, texto que diz "DEUHOQUEDEU OBLOCO DAS ESTRELAS 2019"

“O que aconteceu foi que tanto nós, quanto a prefeitura, ficamos reféns de um grupinho de três blocos que se uniram e resolveram priorizar interesses particulares, ao invés da festa. Eles aleijaram a grade e o horário dos desfiles, por interesses particulares, para dividir um trio elétrico. Nós, mais uma vez, ficamos de fora desta negociação, como ocorreu nos cinco anos anteriores. Por isto, eu deixei para eles fazerem a festa”, conta. 

Segundo Manel, o bloco não acabou e, em 2021 vai trazer um projeto totalmente independente. “Nosso bloco vai desfilar na avenida com formato inovador, maior que já é, e não queremos relacionamento com nenhum bloco, para evitar esse estresse. Infelizmente, ficamos reféns desses blocos que deixaram de lado o brilho das pessoas e da festa, por interesses particulares”, finalizou. 

Vem que vem 

Bloco formado pela banda Comunidade Batuque, o “Vem que Vem” enviou nota na noite de quinta-feira ao Jornal S’PASSO, explicando os motivos de não participar do desfile. Segundo os dirigentes, a decisão foi tomada levando em consideração a responsabilidade e expectativa criada todos os anos pelos foliões para ver o trio passar.  

A nota afirma que depois de 12 anos fazendo carnaval em várias cidades de Minas Gerais, a banda Comunidade Batuque tinha o sonho de ter um bloco que arrastasse uma multidão de foliões na cidade e o sonho se tornou realidade. “Entretanto, para viabilizar este sonho, o custo vem aumentando ano a ano e o formato atual do carnaval não oferece benefícios para aqueles que são fiéis ao bloco, pois não existe comodidade e nem estrutura diferente durante o desfile para quem comprou abadá.  

Os diretores do bloco, explicam ainda que o custo para colocar o bloco na avenida é de cerca de R$ 50 mil. “Para que tenhamos qualidade de som, segurança e comodidade, o investimento é alto e, ao contrário do que muitos pensam, os blocos não podem e não recebem recursos da administração pública para pagar seus custos”.  

“Portanto, diante deste cenário, fizemos de tudo juntamente com os outros blocos para conseguir uma estrutura ou um formato diferente que oferecesse às pessoas que comprassem o abadá, mais comodidade…. depois de muito trabalho, não conseguimos colocar em prática esta ideia. É bom afirmar que a ideia nunca foi fazer uma festa totalmente particular, pois entendemos que o Carnaval é sim, uma festa popular, mas que, para ser realizada, também tem custos. A ideia sempre foi procurar um meio termo, mas infelizmente não conseguimos recursos suficientes para realização neste formato. 

Bloco da Bia e Chega Mais já estão em ritmo de alegria 

Com formato diferente dos tradicionais, o Bloco da Bia, desfila durante o dia, mas está totalmente inserido no carnaval itaunense e já é tradicional na avenida. A história que envolve a criação do Bloco tem capítulos de pura emoção pois, ele nasceu quando Juliana Rodrigues, resolveu homenagear a filha Beatriz, que faleceu com apenas 14 dias de vida. “Dia 05 de fevereiro Beatriz nasceu e a minha vontade era fazer uma festa de carnaval quando ela completasse um ano. Mas, infelizmente, Beatriz viveu apenas 14 dias e, na data que ela completaria um ano, tive a ideia de fazer um pequeno bloco com abadás e balões para homenageá-la e também lembrar as mães que perderam seus bebês novinhos”, conta. 

Juliana diz que quando teve a ideia, não imaginou que dela nasceria um bloco que tomaria a proporção que tomou. No entanto, no primeiro ano de desfile, já foram doados 500 abadás. No ano seguinte, o número dobrou e mil foliões, motivados pelo sentimento que fez o bloco surgir, desfilaram com emoção na Jove Soares e, além de curtir músicas infantis, soltaram balões para homenagear as crianças e bebês que partiram prematuramente. “A minha intenção era fazer apenas um ano, mas o Bloco da Bia cresceu, ganhou grandes proporções e já estamos desfilando pelo terceiro ano consecutivo. Este ano, nosso tema srá uma borboleta, pois elas vivem apenas duas semanas, exatos 14 dias”, conta. 

Segundo Juliana, o bloco não tem fins lucrativos e toda a renda da venda de abadás, canecas e eventos é repassada para entidades filantrópicas. Este ano, os recursos serão destinados a uma entidade que acolhe crianças. O lançamento e início das vendas dos abadás será no dia 05 de fevereiro, na Loja Pingo do I, na rua Silva Jardim. 

Novato 

O próprio nome traduz a ideia dos foliões da agremiação Chega Mais, que vai desfilar apenas um dia, mas com a promessa de mostrar muito samba, axé, sertanejo e funk. O ritmo será marcado pelos cantores Pretinha, Val do Cavaco, Mateus Candeias e Malu, que vão animar o desfile do Chega Mais. “Vamos colocar um trio elétrico pequeno na avenida, mas vamos fazer barulho, pois temos uma bateria com 30 integrantes, muitas atrações e o nosso samba enredo será uma surpresa”, destaca Jonathan Santos, presidente do bloco. 

Os abadás do Chega Mais estão à venda na Credita Financeira, rua Silva Jardim, 133, loja 14, Alive Centro Fit, Jove Soares, 720, 3° Andar, e nos bares Tôa Tôa e Pocker Clube, na Jove Soares. ”Estamos com alguns esquentas marcados e um deles será neste sábado, a partir das 15h, no Tropical.

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