Grupo descarta “caça às bruxas” e afirma que quer trabalhar nas causas sociais

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O Jornal S’PASSO recebeu a visita das senhoras Eliane Soares, Marisinha Dornas e Santuza Dornas, na manhã de quarta-feira (3), que trouxeram à nossa pauta uma série de ideias, repletas de entusiasmo e benevolência. Não sei se alguma delas falou diretamente ou foi apenas um comentário acerca do que conversávamos em volta de uma mesa de água,  café e álcool (em gel) – todos devidamente mascarados – “não me queiram mal que eu só sei querer o bem”. E as senhoras falaram de aborto, de ideologia de gênero, de religião, de política, de volta às aulas presenciais, entre outros. Fizeram questão de afirmar – por diversas vezes que são radicalmente contra o aborto e a ideologia de gênero nos educandários e muito a favor da religião, da política e da reabertura das escolas. A visita à redação tem o caráter de armistício (ainda que elas façam questão de anunciar que a luta continua). As educadas senhoras propõem um cessar fogo e o fim da artilharia pesada contra elas e, com isso, querem desfazer aquilo que alguns chamam de equívocos, mas que para elas se encerra numa grande injustiça de que tem sido vítima, inclusive da imprensa, o seu grupo: Movimento Conservadores Cristãos de Itaúna. Alguém sugeriu que talvez seria o caso de classificar a pendenga como ruídos de comunicação.

Então, o Movimento Conservadores Cristãos  deu as caras e veio dizer a que veio ou que o diabo não é tão feio como se pinta. Aliás, fazem questão de dizer que não são o diabo, muito menos caçadores de bruxa, como o S’PASSO escreveu num episódio recente em que o grupo fora acusado de promover ataques a uma professora de esquerda que viria à cidade para uma conferência na abertura do ano escolar da Secretaria Municipal de Educação. Nesse caso, afirmaram que não atacaram a professora e que jamais a ameaçou. Apenas criticaram, pelas redes sociais, suas posturas, contrárias às do grupo. Também juram que não são antidemocráticos, intolerantes e, muito menos, negacionistas.  Mas, não escondem que apoiam o governo Bolsonaro (acusado de tudo isso e mais), que são conservadores “em valores morais e cívicos” e que querem fazer política partidária sim, claramente de direita. Não é ponto de convergência entre as “dezenas” de participantes do grupo o lançamento de um nome (ou mais de um) para disputar as eleições municipais, entretanto garantem que irão apoiar com muito entusiasmo aqueles que abraçarem suas ideias. “Somos cristão, católicos em sua maioria, mas também evangélicos. Nos encontrávamos somente na igreja, nos eventos da igreja. Hoje ampliamos esses encontros e estamos nos envolvendo com projetos sociais do município, com ajuda às pessoas carentes – com doação de alimentos e roupas – e estamos nos aproximando mais da vida política do município para acompanhar de perto nosso prefeito, nossos secretários e nossos vereadores. Iremos aplaudir aquilo que acreditamos e defendemos, iremos repudiar aquilo que não faz parte de nossas bandeiras, como as questões do aborto e da ideologia de gênero”, asseguraram.

MCC ao lado dos pais pela volta às aulas presenciais

As senhoras Eliane, Marisinha e Santusa dizem que o grupo MCC está caminhando ao lado dos pais que querem o retorno das aulas presenciais. Nessa linha de raciocínio insistem na argumentação de que as crianças em idade escolar não são grandes riscos de transmissão do coronavírus –  tese corroborada pelo médico pediatra Roberto Chaves – e que os números de contaminados pela Covid-19 em Itaúna não estão fora de controle.  Também afirmam que a medida irá salvar as crianças que estão adoecidas pelo isolamento e sob risco muito mais intenso de violência doméstica, de abusos sexuais, de envolvimento com drogas, entre outros. A reportagem argumentou que o debate pelo reinício das atividades escolares não pode desconsiderar o perigo da contaminação por parte dos trabalhadores da educação, especialmente os professores, que não existe prioridade de vacina para esses profissionais e que os prédios das escolas públicas não oferecem condições estruturais e a mínima segurança para a reabertura. As representantes do MCC alegaram que a reabertura das escolas particulares poderá motivar os governantes a investirem nas públicas para também funcionarem. Consideraram ainda colocar na pauta de suas demandas a vacinação prioritária para os profissionais da educação.

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