Documento divulgado em redes sociais aponta política genocida do presidente da República diante da pandemia da Covid-19
Ao menos 85 cidades brasileiras, incluindo 25 capitais, têm manifestações neste sábado (29) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua política frente à pandemia da Covid-19. “Vacina no braço, comida no prato. Fora Bolsonaro!”, é o principal slogan proposto pelas lideranças que chamam a população para os protestos, agendados para a parte da manhã.
Em Itaúna, políticos de esquerda, do PSOL e PT, principalmente, estão marcando um ato na Praça da Matriz, às 10h, em nome da Frente Povo Sem Medo Itaúna e Frente Brasil Popular. Os organizadores pedem que todos participem de máscara, haverá distanciamento entre os manifestantes e uso de álcool em gel.
Um manifesto está sendo divulgado nas redes sociais em nome das duas frentes, em convocação para o protesto. Primeiramente, eles fazem uma análise de conjuntura, onde lembram que quase 500 mil pessoas já morreram pela Covid-19 no Brasil, que o país passou por duas ondas e caminha para a terceira, sem que haja uma política responsável do governo federal para conter o vírus, com medidas sérias e vacinação para todos. “Contrariando as medidas preventivas e sanitárias já testadas e validadas em todo o mundo, o presidente Jair Bolsonaro faz pior: ele incita os cidadãos a desrespeitarem o isolamento social e a descumprirem, sob as mais variadas formas, as medidas de proteção sanitária que impeçam ou dificultem a disseminação do vírus, dando maus exemplos praticamente todos os dias”, acusa o texto. O manifesto também aborda a questão da CPI no Senado Federal que “expõe as mazelas desse governo diante da pandemia, especialmente com relação à negligência na aquisição de vacinas e a recomendação constante de medicamentos não comprovados cientificamente para combater o vírus”.
Prefeito não conteve “charlatanismo do tratamento precoce, difundido por fanáticos de extrema direita”
O documento das frentes de esquerda acusa também o governo municipal de não promover maiores investimentos no Hospital Manoel Gonçalves e campanhas mais incisivas para conscientizar a população sobre a doença e as medidas sanitárias de isolamento social e prevenção. Também reclamam no documento que o executivo municipal não conseguiu “por freio ao charlatanismo do tratamento precoce, propaganda enganosa difundida por fanáticos radicais de extrema direita que ilude e expõe muitos itaunenses à doença e à morte”.
Por fim, as esquerdas itaunenses desferem críticas ao chefe do executivo quando encaminhou projetos de lei à Câmara de Vereadores, reajustando salários dos agentes políticos e contraindo empréstimo para obras de asfaltamento e iluminação. A principal falha apontada é que diante de tantos impactos negativos da pandemia, não houve por parte do governo itaunense nenhum tipo de apoio local a empresários ou auxílio financeiro aos cidadãos, nenhuma política de amparo à população carente.