Entre os meses de janeiro a julho deste ano, Itaúna registrou 285 casos de violência doméstica ou familiar contra a mulher, uma diminuição de 33 ocorrências no mesmo período de 2020. É o que mostram os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.
Durante todo o ano passado, foram registrados 642 casos, enquanto em 2019, foram 718, uma queda de 76 ocorrências. A diminuição está na contramão da realidade do Brasil, que, desde a chegada da pandemia, teve o problema agravado: uma pesquisa do Datafolha mostra que uma em cada quatro mulheres afirma ter sofrido algum tipo de violência de março de 2020 até junho de 2021.
Mesmo em ritmo de retração, os números ainda são registros da brutalidade de companheiros, familiares, vizinhos e empregadores contra as vítimas, que, em muitas vezes, se sentem impedidas de denunciar por medo de reação por parte dos agressores.
Neste mês, quando acontece a campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, o Agosto Lilás destaca os 15 anos da implementação da Lei Maria da Penha, importante dispositivo na garantia de justiça e segurança para as vítimas.
Monitoramento
Em comemoração à data, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública divulgou que atualmente, há 356 indivíduos sob monitoramento eletrônico, em Minas Gerais, em razão de medida protetiva da Lei Maria da Penha. De acordo com a Sejusp, agentes de segurança realizam o rastreamento da localização das tornozeleiras eletrônicas e, em caso de proximidade da vítima, o homem é comunicado e o pedido de afastamento é solicitado. Caso ele não se afaste, a Polícia Militar é rapidamente acionada. Mulheres que se sentirem ameaçadas devem ligar no número 180 ou através da Delegacia Virtual, em delegaciavirtual.sids.mg.gov.br.