No dia 15 de outubro, as lembranças dos mestres do passado e a atuação dos professores das novas gerações

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Professores Geraldo Fonteboa (em pé), Miranda (esquerda) e Marco Elísio (direita). Imagem: Divulgação/Redes Sociais

No dia 15 de outubro de 1827, o imperador Dom Pedro I baixou um Decreto que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto ficou estabelecido que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. O decreto imperial propunha a descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima se tivesse sido cumprida. Mais de um século depois desse decreto, em 1947, ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor, 15 de outubro.

Falar do dia do professor é, muitas vezes, lembrar da professora da infância, das primeiras letras. Da mulher forte, rígida e, ao mesmo tempo, terna e paciente. A professorinha, cantada nas músicas, na poesia, descrita nos filmes e no imaginário das pessoas. Mas a data é também, nesses tempos modernos, oportunidade de recorrer a imagens de professores em atividades para além da sala de aula: nas ruas, nas greves, nas assembleias da categoria, nos debates políticos, no dia a dia da sobrevivência em tantas ocupações. Os professores são profissionais que vão à luta, no exercício do ensino-aprendizagem, em várias frentes de batalha, denunciando a situação difícil da educação, buscando melhores condições para sua escola, seus alunos e sua profissão. E sonham.

A memória itaunense imprime em sua história nomes de professoras e professores que atuaram e que atuam na educação de várias gerações. Alguns tornaram-se referência, uns deles estão hoje nas placas de ruas, nomeando prédios públicos ou patrocinando espaços de cultura, como as bibliotecas. Outros continuam nas salas de aulas (presenciais ou virtuais), na pré-escola, no ensino fundamental e médio e na condução dos conteúdos do ensino superior.

15 de outubro é o dia do professor. De inúmeros personagens e narrativas das terras santanenses. Do mestre-escola José João Rodrigues Vieira, no século XIX, do Pereira Lima, da Nise Campos, do Francisco Santiago, da Alice Pena, do Salatiel Melo, da Maria Linda, da Vânia Campos, do Marco Elísio Coutinho, do Willian Leão, da Dona Graciana, da Dona Gilka Drumond, do Francisco Ramalho, do Guaracy Nogueira, do Mário Penido, do José Gomes Miranda, do Antônio Gontijo, do Faiçal David Freire Chequer, da tia Elina Dirce, da Dona Yedda, da Maria Lúcia Mendes, da Dona Anna Alves, da Maria José Morais, da dona Neide Soares, do Salim Osni, da tia Joana, do Levy Vargas, da Luzia Celestino e de tantos mais.

Ser professor é…

O Jornal S’PASSO propôs a frase: “Ser professor é…” e pediu que ela fosse completada por alguns professores que atuam no dia a dia da educação em Itaúna.

“Ser professora é ser um instrumento de transformação, de libertação, compartilhando saberes e valores! Ser professora é revolucionar, é esperançar!!!!”. (Giovanna Miranda)

“Ser professor é ter, agora mais que nunca, EMPATIA e AMOR. Empatia para saber entender que nosso aluno também está SOFRENDO e AMOR para aceitá-lo como ele é!! Sem PRÉ-CONCEITOS! LIÇÃO maior nesses tempos de PANDEMIA”. (Marcos Vinícius)

“Ser professor é me divertir muito com meus alunos inteligentes, lindos e divertidos”. (Elimar Alves Pereira)

“Ser professor é ser super herói sem capa…se virar nos 30…decifrar olhares… Acalmar os ânimos… Acalentar corações!”. (Virgínia Meireles)

“ Ser professor é acreditar que através da Educação podemos ter um mundo melhor”. (Luiz Mascarenhas)

“Ser professor é ter compromisso com o aluno e com a eterna aprendizagem. É saber que a aprendizagem é mútua e se dá na interação respeitosa. É buscar a autonomia do estudante. É trabalhar com muito amor, mas também com profissionalismo e jamais se conformar com a desvalorização e a calúnia! É ter consciência do seu imprescindível papel social!”. (Mônica Santos)

“Ser professor é elevar os olhos aos céus, para acreditar em sonhos, e manter os pés fixos na terra, para não  se distanciar da realidade. É acreditar na ciência e dela fazer bússola”. (Heli de Souza Maia)

“Ser professor é abdicar-se de finais de semana com a família para preparar uma aula diferente, é comprar material para trabalhar com os alunos ao invés de roupas, calçados, perfumes e maquiagens”. (Geisiane Lúcia)

“Ser professor é ser pura poesia”. (Bel de Abreu)

“Ser professor é seguir com passos firmes esta difícil e nobre missão, principalmente nos tempos atuais.” (Marcus Paulo)

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