A poluição e o mau cheiro do Ribeirão dos Capotos são novamente denunciados

Moradores de Santanense dizem que os bons tempos quando o povo bebia água, nadava e lavava roupas, estão somente na memória do mais antigos

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Em fotos e vídeos, cidadãos de Santanense voltaram a denunciar a situação do Ribeirão dos Capotos, que corta a parte baixa de todo o bairro e tenta sobreviver com filetes de água em meio à poluição e ao assoreamento. Essa semana uma moradora da Praça Juvenal Pereira, encaminhou dois vídeos à reportagem mostrando o pequeno córrego que passa ao fundo de sua casa. Em tom de lamento e nostalgia, Geralda Nunes Fonseca Lobo, recorda quando o Ribeirão dos Capotos era um rio de águas límpidas, espaço preferido pelos banhistas, pelas mulheres pobres que não tinham água encanada, e que ali lavavam roupas e louças, enquanto as crianças brincavam nas margens. Era também um ambiente para piquenique e passeios diários. Há alguns anos, o Ribeirão dos Capotos tornou-se lugar de escoamento de esgoto doméstico e industrial e o rio manso e de águas claras ficou só na memória de quem o conheceu no passado. 

“A cidade cresceu, Santanense também e o ribeirão diminuiu. Não foi preservado e não cuidaram dele. Hoje, é um lugar feio, um corregozinho de água suja, poluída, com um mau cheiro insuportável. As nascentes deveriam ser tratadas como patrimônio da cidade e serem preservadas. Os moradores de Santanense sofrem com essa situação e, em janeiro de 2021, as chuvas fizeram grande estrago em vários lugares na cidade. Aqui, as chuvas também prejudicaram muito o Ribeirão dos Capotos, destruindo as margens, tubos e manilhas, assoreando ainda mais o curso d´água. Até hoje o problema não foi resolvido. A promessa de desassoreamento nunca vai chegar aqui, pois nem a rede de esgoto foi feito o conserto”, reclama Dona Geralda.