Ações do Meio Ambiente são prejudicadas pelo vandalismo, descarte irregular e lixo

Rios e córregos sofreram com as chuvas intensas e serão desassoreados num grande projeto de limpeza da Infraestrutura e do SAAE

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O maior desafio enfrentado pela Gerência de Meio Ambiente é a negação por parte de muitas pessoas em preservar as áreas, manter os lugares limpos e auxiliar nos serviços que estão sendo realizados. Para o gerente do Meio Ambiente da Secretaria de Regulação Urbana, Marcelo Augusto Nogueira Rezende, o grande problema é a falta de responsabilidade compartilhada, que faz com que as pessoas joguem lixo na ruas, promovam descarte irregular de material de construção, destruam a natureza e os ambientes de convivência social. Em entrevista ao Jornal S’PASSO, ele contou que os córregos de Itaúna sofreram muitas transformações em decorrência das fortes chuvas nos meses de janeiro e fevereiro e que a recuperação desses mananciais vai demandar muito tempo e esforço dos setores da prefeitura. Segundo Marcelo, o assoreamento de diversos cursos d´água cresceu em decorrência das enchentes, do mau uso do solo e da degradação ambiental. “O rio São João, o ribeirão dos Capotos, o córrego da Joanica, a bacia do Sumidouro e outros mananciais estão assoreados e embora já livres dos esgotos, necessitam de intervenção do poder público para serem recuperados”, diz Marcelo que salienta ainda que projetos da Secretaria de Infraestrutura e do  SAAE estão sendo organizados para limpeza e recuperação desses córregos, como também do rio São João.  “Esses rios não são lagoas de água parada, então, as doenças decorrentes daí não existem. Não há esgoto sendo despejado neles, porém, o grande problema é o assoreamento, o acúmulo de sujeira que se forma em decorrência das enchentes e das inundações”, esclarece.

Para Marcelo, o maior desafio a ser enfrentado pelo meio ambiente são os descartes irregulares em vários pontos da cidade, realizados por empresas e por pessoas com os lixos domésticos e materiais inservíveis. Esses ambientes são propícios para a proliferação de insetos, animais peçonhentos e, claro, doenças, como a dengue. “A prefeitura tem o aterro sanitário, devidamente autorizado e licenciado pelos órgãos ambientais e as empresas têm orientações de como e onde realizar o descarte de produtos, mas às vezes faltam bom senso e compreensão”, pontua.

Proteção permanente

Apesar de Itaúna não possuir oficialmente áreas de proteção ambiental, a Barragem do Benfica é um espaço com características similares às APAs e necessita, segundo o gerente de Meio Ambiente de responsabilidade compartilhada, ou seja, da parceria do poder público com a comunidade para que se mantenha preservada. “Não é a prefeitura que promove o descarte irregular, que destrói as nascentes, que polui o meio ambiente com queimadas ou corte de árvores de forma irregular. Temos realizado fiscalização e promovido campanhas para sensibilizar as pessoas sobre a importância de atuarem junto com o poder público. Até mesmo o plantio de uma árvore na calçada tem que ser planejado, com observação da espécie que será plantada, o tamanho do passeio, a fiação de rede elétrica, telefonia, internet e outras informações”, afirmou.

Furto de estacas de proteção

Marcelo Augusto destaca episódios de vandalismo que têm prejudicado muito as ações do meio ambiente em Itaúna, além do patrimônio artístico e cultural. Recentemente, foram plantadas dezenas de árvores ao longo de algumas das principais vias da cidade, como as avenidas Manoel da Custódia e JK, além do entorno do Estádio José Flávio de Carvalho. Junto das mudas foram colocadas estacas para proteção das mesmas e preparados os canteiros com grama para retenção de chuvas e umidade. Segundo ele, no início desta semana a prefeitura verificou que uma grande parte das estacas e guias que protegiam as árvores foi arrancada ou furtada.

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