APAE’s querem que pessoas com deficiência tenham prioridade na vacinação contra a Covid

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Vacinação já aconteceu em cidade vizinha

Vereador Gleisinho encaminhou ofício a autoridades pleiteando a imunização e diz que deficientes já estão na lista dos próximos contemplados

Desde janeiro a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE Brasil vem se posicionando publicamente em defesa da prioridade das pessoas com deficiência serem vacinadas contra a Covid-19. As medidas de isolamento social interromperam, por tempo indeterminado, os serviços de reabilitação, prestados pela entidade e muitas pessoas com deficiência que estavam inseridas no mercado formal de trabalho, permanecem afastadas devido ao risco de contágio.

A vacinação dos alunos das APAE’s em algumas cidades já aconteceu e em Itaúna existem indicativos para que os deficientes sejam preferenciais na fila de vacinação. O vereador Gleison Fernandes (PSD), que tem trabalhado nesse sentido, contou que a deputada mineira Celise Laviola (MDB) conseguiu que o Estado de Minas Gerais emitisse nota técnica para a vacinação dos deficientes, em acordo com norma da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. “Cumpre-nos informar que a próxima etapa da Campanha irá contemplar os grupos subsequentes de pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente. Destaca-se que esses dois grupos somam mais de 25 milhões de pessoas”, destaca a nota.

Uma das preocupações do vereador e também de pessoas ligadas ao Instituto Santa Mônica – a APAE de Itaúna é que no município já aconteceram óbitos de pessoas com deficiência em decorrência da contaminação pelo coronavírus.

Deputado Eduardo Barbosa também na luta pela vacinação

O deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG), voluntário da APAE, disse que encaminhou ofício ao Secretário de Estado de Saúde solicitando a agilização na oferta da vacina para as pessoas com deficiência. De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina Contra a Covid-19, a pessoa com deficiência encontra-se entre os grupos prioritários, no entanto, na ordem de atendimento a vacinação para este segmento acontecerá tão somente após o grupo de pessoas com 18 a 59 anos de idade, com comorbidades, dentre os outros que o antecedem.

“Percebo que o número de mortalidade dos acometidos com a Covid nesse grupo está aumentando, por isso não deveríamos ter faixa etária para eles. E que todas as pessoas com deficiência deveriam ser vacinadas, no meu entendimento”, pontua.

Ainda de acordo com o deputado as características das pessoas com deficiência as colocam mais sujeitas ao contágio. “Um deficiente físico, por exemplo, que tem o contato direto com a roda de sua cadeira; o deficiente visual, que é completamente tátil; uma pessoa com deficiência intelectual que em grande parte não tem o entendimento da gravidade da situação, o que dificulta a adesão a medidas de prevenção. Tudo isso as torna muito mais sujeitas à contaminação, independentemente de apresentarem, ou não, uma comorbidade específica”, explicou Barbosa.

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