Após as eleições, vereadores reeleitos e derrotados fazem balanço das urnas

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O encontro pós-eleitoral da Câmara é o momento de um balanço das urnas: quem subiu, quem desceu, quem permanece no topo, quem se deu bem, quem não se deu. Em geral, as cadeiras destinadas ao público lotam nesse dia, sobretudo de novos candidatos eleitos que querem se ambientar no seu futuro local de “trabalho” nos próximos quatro anos. Dessa vez foi diferente. A reunião de terça-feira (17), a primeira depois das urnas de domingo, não teve público, por causa da pandemia da covid-19.

Somente apareceu no plenário a jovem Edênia Alcântara, eleita vereadora pelo PDT e a mulher mais votada de Itaúna. No mais, o ambiente serviu também para um repasse da campanha eleitoral, com cumprimentos, agradecimentos e desejos de sucesso. E, no ar, um queixume sutil de que os resultados poderiam ter sido outros se houvesse unidade e não a divisão dos mesmos pensamentos ideológicos. Márcio Gonçalves (PSL), o Hakuna, candidato a prefeito e segundo colocado na disputa, deixou no ar a dúvida de que os votos foram pulverizados, atendendo a “interesses” que beneficiaram o atual prefeito Neider Moreira (PSD) para a sua reeleição. Nessa análise, sugeriu que outras candidaturas poderiam ter sido aglutinadas e fortalecidas no campo da oposição. Ele prometeu que voltará ao tema em breve, com maiores esclarecimentos disso.

Dias atrás o Jornal S’Passo noticiou que Hakuna chegou a cortejar a colega Otacília Barbosa (PV ) para unir-se à sua candidatura e “mudar o que está aí”. “Mas, apesar de tudo, fico feliz e saio de cabeça erguida. Continuamos na luta por uma Itaúna melhor”, posicionou. Em sua fala, Otacília Barbosa, candidata a prefeita derrotada e em última colocação dos seis postulantes, observou que a campanha foi árdua, mas positiva e que um dos principais desafios foi dizer não à formação de um “grupão” contrário ao prefeito Neider, mantendo-se isolada na disputa. Essa postura mereceu elogios do colega Lucimar Nunes (PSD), que disse ter tido conhecimento da tentativa de inviabilizar a candidatura do PV em favor de outros partidos ligados à oposição. Otacília reclamou ainda do pouco tempo de campanha que teve, 20 dias a menos, em razão de ter estado doente com suspeita de Covid. “Mas no tempo que tivemos, fizemos uma campanha sem ataques, sem ofensas, mostrando minhas propostas”, contou.

Respostas aos ataques

Outro que repassou a campanha foi Alex Artur (PV ), que não conseguiu se reeleger. Ao agradecer pelos “12 anos em que esteve no legislativo” o vereador reclamou que foi muito prejudicado não somente na campanha eleitoral, mas nesse mandato. Alex é acusado de corrupção, uma tentativa de compra de votos para beneficiar-se nas eleições da mesa da Câmara em 2018. Ele avisa que, sobre o episódio, haverá muitas novas informações para a mídia e para o judiciário nos próximos dias. “Tomei muita pancada, mas eu sou um trabalhador e vou seguir no meu negócio, não quero mais saber de política. Não dependo do cargo de vereador para viver”, salientou. Prometeu que, a partir do próximo mandato, irá comparecer à Câmara toda terça-feira a fim de municiar os vereadores e o povo de notícias acerca das denúncias que o envolveram nesse mandato. “Em breve tudo será esclarecido”, avisou.

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