Às escuras: principais trevos de Itaúna são perigosos para carros e pedestres

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Quem chega a Itaúna, seja pelo trevo de Santanense, pelo da Silva Jardim ou pelo Morro do Engenho, geralmente encontra estilhaços de lanternas e vidros, placas de sinalização amassadas ou marcas em muros e barras de contenção. Os sinais mostram que constantemente ocorrem acidentes nesses locais, e sejam eles de pequeno ou grande porte, a justificativa é o tráfego intenso e a ausência de iluminação.

Principal via de acesso a quem vem de Divinópolis, o trevo de Santanense, além de ser bastante estreito, não apresenta qualquer tipo de iluminação para quem quer entrar no bairro. Quase sempre, os veículos que fazem o contorno na rotatória avançam para atravessar a rodovia e causam acidentes. Neste local, a falta de visibilidade é outro problema grave e as ocorrências tendem a aumentar com a implementação do Novo Distrito Industrial, próximo à Fazendinha, uma vez que o empreendimento vai aumentar de forma considerável o trânsito de veículos pesados.

A promessa do DER é que serão feitas melhorias no trecho, com intervenções, principalmente no trecho desde a Fundição Corradi, passando pela entrada de Santanense, da Fazendinha, da Curtidora Itaúna, até próximo à empresa Intercast. A expectativa é que seja feito o alargamento da via e a construção de uma nova ponte, além de intervenções no trevo.

Trevo principal sem iluminação há 11 anos

Em janeiro de 2012, 82 postes e uma linha de distribuição foram retirados do trevo principal de Itaúna pela Cemig a pedido da concessionária AB Nascentes, para a duplicação da MG-050. A obra foi concluída em setembro de 2014, mas passados 11 anos, o trevo continua na escuridão, gerando grandes riscos de acidentes e nenhuma das partes envolvidas assume o custo da reinstalação dos postes.

O trecho é de grande movimento uma vez que dá acesso à Universidade de Itaúna e é caminho obrigatório para quem quer acessar a BR 262 ou ir para Pará de Minas. Também é um desafio para para quem utiliza os pontos de ônibus no acostamento da rodovia.

Os problemas começam logo após a Silva Jardim e muitos acidentes deixam marcas nas barras de proteção e no muro de arrimo da rodovia, indicando que quem sai do município enfrenta dificuldades para acessar a 050 e acaba colidindo com as barreiras pela ausência de iluminação.

Desde 2019, a prefeitura tem tentado a reinstalação das luminárias junto ao Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado, no entanto, até agora não houve avanço nas negociações. A iluminação também foi solicitada à Nascentes das Gerais, detentora da concessão da rodovia, mas a mesma alegou que a parceria público privada que mantém com o Governo não prevê serviços de iluminação urbana.

Indagada sobre a responsabilidade de reinstalar os postes, a concessionária citou o artigo 30, inciso V, da Constituição que determina que a competência é do município.

Irresponsabilidade

Em uma reportagem há alguns anos, o Jornal S’PASSO apurou que os postes retirados à época da duplicação pela Concessionária foram acondicionados provisoriamente na Secretaria de Infraestrutura, durante a administração do Prefeito Osmando Pereira. Porém, recentemente, a reportagem procurou o setor de iluminação pública, da prefeitura que informou que os equipamentos não estão na Secretaria de Infraestrutura ou tampouco em nenhum imóvel ou loteamento do município.

Em entrevista mais recente ao S´Passo, o ex-gerente de iluminação pública da administração do ex-prefeito Osmando, Giovane Vilela, afirmou que os postes foram “espalhados em diversas praças da cidade, uma delas a do bairro Veredas”.

Gargalos no Morro do Engenho e novo impasse

Recentemente inaugurado, o trevo de acesso à MG-431, no Morro do Engenho custou R$ 5,7 milhões ao Estado e tem uma extensão de 1,4 quilômetro. A obra intermediada pelo deputado Gustavo Mitre tem quatro acessos e dois retornos e sempre foi uma das principais demandas da cidade. Porém, moradores do Morro do Engenho apontam alguns problemas que precisam ser resolvidos.

Nas redes sociais muita gente tem reclamado sobre a ausência de iluminação e problemas na captação pluvial, que ficou comprometida com as últimas chuvas. Em nota, a assessoria do deputado Gustavo Mitre informou que “de acordo com a construtora e o DER, a colocação de luminárias é de responsabilidade da prefeitura”.

Quanto aos problemas com a captação pluvial, a nota afirmou desconhecer qualquer ocorrência de alagamentos no novo acesso e se prontificou a entrar em contato com a empreiteira responsável pela obra para “questionar quanto aos eventuais problemas na captação pluvial realizada no trecho”.

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