Aumento de casos de Covid em todo o mundo indica que uma nova variante está por aí

Especialistas alertam que a chegada do BA.5 é um sinal claro de que a pandemia está longe de terminar; secretário de Saúde diz que a expectativa é que os efeitos da doença não sejam tão graves

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A quantidade de novos casos da Covid-19 em várias cidades brasileiras, como em Itaúna, pode indicar que a variante mais infecciosa e transmissível já chegou. O alerta é de especialistas. Depois de dois anos e meio do surgimento dos primeiros casos, com as repetidas ondas e milhões de óbitos, algo parecia que a doença estava controlada. Os especialistas afirmam que o vírus está se espalhando novamente, evoluindo, escapando da imunidade e gerando um aumento nos casos e hospitalizações. Para médicos e outros profissionais que lidam diretamente com o coronavírus a versão mais recente de sua mudança de forma, BA.5, é um sinal claro de que a pandemia está longe de terminar. A mais nova ramificação do Omicron, juntamente com uma variante intimamente relacionada, BA.4, está alimentando um aumento global de casos – 30% nas últimas quinzenas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brasil registrou nos últimos dias centenas de mortes e 68 mil novos casos da Covid. Em outros países é possível detectar o aumento das subvariantes da Omicron e na China já se fala em adotar novamente medidas rígidas, suspensas recentemente. A mesma variante se tornou a cepa dominante nos Estados Unidos na semana passada, sendo apontada como responsável por 65% das novas infecções, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Fato é que, a despeito de muitos desacreditarem e tentarem voltar à vida de antes da pandemia, com aglomerações e sem usar máscara, a Covid-19 continua sendo uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional. Existem muitos casos crescentes de contaminações, mutação viral em andamento e pressão crescente nos sistemas de saúde já sobrecarregados.

Nos Estados Unidos, autoridades de saúde estão trabalhando com urgência em um plano para permitir segundos reforços de Covid-19 para todos os adultos, por causa da nova variante BA.5, que tem maior transmissibilidade, muito além das versões anteriores do Omicron. Embora a variante não pareça levar a doenças mais graves e não constar de ser responsável por excessivo número de óbitos como anteriormente, a  BA.5 pode evadir facilmente a imunidade de infecções e vacinas anteriores, aumentando o risco de reinfecção.

Nova variante com infecção menos grave

O secretário municipal de Saúde Fernando Meira de Faria também manifestou opinião semelhante a dos especialistas estrangeiros com relação à nova variante da doença, predominante nos Estados Unidos e na Europa. Ele disse que é inevitável que chegue ao país e, consequentemente, em Itaúna. Por sua característica com a Omicron, tem grande incidência de contágio, infectando muitas pessoas. No entanto, ela produz infecção menos graves que as cepas originais. Aliado a isso, Meira destaca como pontos positivos a expansão dos vacinados e a disponibilidade de imunizantes nas unidades de saúde. “A tendência é que tenhamos menos casos graves, mas não quer dizer que não haja necessidade de internação, de CTI. Aquelas pessoas que são mais vulneráveis têm mais predisposição a isso. É uma variante que tem predominância  superior com sintomas de coriza, tosse, rouquidão. Eventualmente pode acontecer também perda de olfato como vimos no início da Covid, mas com menos acometimento pulmonar”, explicou.

Sobre a questão de que a pandemia ainda não chegou ao fim, o secretário Fernando Meira avalia que teremos que nos acostumar com ela, assim como a gripe, um novo vírus da gripe. Dessa forma os corpos acabarão se adaptando a eles e com a evolução do tratamento, oferecendo melhor resposta. A expectativa é que cada vez menos a Covid irá produzir episódios graves de internação.

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