Professor itaunense, vencedor do ‘Prêmio Papa Francisco’, da CNBB, volta a falar de sua tese de doutorado

Pesquisa do jovem aborda as viagens religiosas dos peregrinos e a divulgação dessas nas redes sociais

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O professor itaunense do curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Divinópolis, Marco Túlio de Souza, volta a falar de sua tese de doutorado que foca nas questões do uso das mídias sociais como forma de tratar as peregrinações dos cristãos, sobretudo no caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. A tese foi destacada em 2021 com o ‘Prêmio Papa Francisco’, promovido pela Confederação dos Bispos do Brasil – CNBB.

O jovem professor concedeu entrevista à jornalista Ana Elizabeth Diniz, do jornal “O Tempo”, no dia 12 de julho, para falar desse tema. Ele voltou a comentar que os peregrinos, sobretudo desse famoso caminho na Espanha, que seguem os percursos que afluem a Santiago de Compostela desde o século IX para venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior, cujo suposto sepulcro se encontra na catedral de Santiago de Compostela, como padres, políticos e comerciantes, usam as redes sociais como forma de publicar e partilhar suas visões e experiências. Assim, os caminhos da fé tornam-se um produto midiático nem sempre coerente com as narrativas a que se propõem, já que são vistas por poucas pessoas do ciclo de seguidores dos mesmos. “A narrativa do peregrino, antes reservada a algumas poucas pessoas quando ele retornava para casa, se torna um produto midiático, consumido e demandado em tempo real pelos seus seguidores nas redes sociais”, pontua.

O questionamento do pesquisador é que as experiências midiáticas se sobrepõem à própria viagem/peregrinação, quando o foco deixa de ser a vivência do ritual e se concentra exclusivamente nas redes. No seu entendimento, a mídia, com certeza, remodela essa experiência de fé. Os motivos que impelem um peregrino são diversos. “Há quem peregrine para pagar promessas, há quem o faça porque necessita de um milagre, os que querem se desconectar da vida cotidiana e os que veem na peregrinação uma forma de superação ou autoconhecimento. O que une peregrinos tão diferentes é um mesmo sentimento de busca atrelado à certeza de que nessa experiência encontrarão o que procuram e a ideia de que algum sacrifício é necessário para tal”, diz o professor ao jornal da capital.

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