Câmara aprova reajuste salarial para prefeito, secretários e vereadores

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Na votação foram registrados 2 votos contrários e 5 abstenções

Menos de dois meses depois que foi inviabilizada sua votação por não ter acontecido a alteração na Lei Orgânica Municipal – que permitia sua tramitação em plenário – foram aprovados os projetos de lei de reajuste salarial do prefeito, da vice-prefeita, dos secretários municipais, dos vereadores e dos servidores da Prefeitura, da Câmara e do SAAE. Ao prefeito, vice-prefeita, secretários e vereadores, chamados de agentes políticos, será concedido um percentual de 12%, no que eles denominam de recomposição inflacionária. A proposição aprovada pelo legislativo indica que o vencimento mensal do prefeito Neider Moreira (PSD) passará de R$25.123,71 para R$28.146,09, já a remuneração dos vereadores, que é de R$7.443,37 será de R$8.338,81. Para os servidores (também as bolsas-auxílio para estagiários desses órgãos) os reajustes serão de 5%. As proposições foram aprovadas por maioria na reunião da Câmara quarta-feira passada (9). Os edis da oposição ao prefeito queriam o desmembramento das proposições para que pudessem votar somente os reajustes para os servidores. Apenas no projeto de lei da Câmara, de autoria da Mesa Diretora, isso foi possível. Ainda assim as proposições tiveram maioria folgada para aprovação e a votação registrou um grande número de abstenções. Esses vereadores não votaram nem sim nem não, muito antes pelo contrário, com o propósito de (tentar) não desagradar os servidores públicos da Prefeitura, Câmara e SAAE. Votaram contra as proposições os edis Kaio Guimarães (PSC) e Márcia Cristina (Patriota). As abstenções foram dos edis: Gustavo Barbosa (Patriotas), Antônio Da Lua (PL), Antônio Miranda (PSC), Edênia Alcântara (PDT) e Ener Batista (PSL). Os projetos de lei que permitem reajuste, ou recomposição inflacionária ou aumento salarial, foram aprovados por nove votos: Aristides Ribeiro (PSC), Carol Faria (Avante), Gleison Fernandes (PSD), Fares Neto (PV), Joselito Gonçalves (PDT), Lacimar Cezário (PSD), Leo Alves (Podemos), Nesval Júnior (PSD) e Silvano Gomes (PDT). Os edis que se manifestaram contrários à matéria (mesmo os que preferiram a abstenção do voto) disseram que o momento de alta da pandemia da Covid-19, com expectativa de desemprego e mais queda de arrecadação, não permite que agentes políticos recebam essas vantagens com aumento de salários. Os favoráveis, como Nesval Júnior (PSD), justificaram que a proposição não se trata de reajuste salarial e sim de uma recomposição inflacionária, que deveria ter sido realizada no ano passado, que não foi permitido corrigir.

FALOU E DISSE

“Foi uma manobra de interesse. Vai ter uma repercussão pesada”. (Vereador Ener Batista (PSL), falando sobre projeto de lei que reajusta os salários dos agentes políticos)

“Eu não quero recomposição salarial”. (Vereador Gustavo Barbosa (Patriota), idem)

“Vou manter convicto às minhas convicções”. (Idem, idem)

“Isso me abisma”. (Vereador Kaio Guimarães (PSC), idem)

“Temos que estender um tapete vermelho para os empresários”. (Vereador Silvano Gomes (PDT), sobre projeto de concessão de terreno para instalação de indústrias)

“Isso se chama crime culposo. Temos que ter cuidado com as redes sociais e a incitação de uns contra os outros”. (Vereador Fares Neto (PV) alertando os colegas sobre a onda de denuncismo que tem tomado conta de grupos virtuais entre os edis)

“O Novo é, e sempre será, oposição a qualquer ideologia política perversa e populista que vá na direção oposta da construção do Brasil que merecemos” (Trecho de nota do Partido Novo, anunciando oposição ao governo Bolsonaro, no início da semana)

“Fui vítima da maior mentira jurídica em 500 anos de história.” (Ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, absolvido pelo STF de crimes da Lava Jato e que teve direitos políticos retomados)

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