Câmara de Itatiaiuçu não se manifesta diante de denúncia de assédio sexual contra vereador

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assedio trabalho mediaphotos-Getty Images

A jovem que acusa o vereador Henrique Samuel Rezende Queiroz (MDB) de assédio sexual, que teria ocorrido no dia 9 de novembro, em Itatiaiuçu, está indignada diante da falta de providências por parte dos agentes políticos daquela cidade. A Câmara Municipal não afastou o vereador e o pedido de abertura de um processo de cassação foi rejeitado por unanimidade, sem nenhuma justificativa plausível, em claro posicionamento de corporativismo.  O vereador Samuel Henrique segue atuando em suas atividades políticas e, segundo fontes da defesa da suposta vítima, ele tem deixado claro sua influência e poder em Itatiaiuçu, capazes de interferir nas decisões em seu favor.

A suposta vítima do assédio sexual afirma que não consegue entender o porquê dessa falta de atitude do legislativo, uma vez que o mesmo é dirigido por uma mulher, a vereadora Adriana Camargos e a Procuradoria Geral também é comandada por uma, a advogada Juliana Silva. Além do mais, no executivo, que na sua avaliação está sendo conivente com a situação, a Controladoria é dirigida também por uma mulher, Jaqueline Pereira.

A jovem está desmotivada pelo descaso com uma ocorrência tão grave e, além da revolta, sente medo e insegurança diante das informações de que o vereador está tendo apoio das autoridades políticas da cidade. Ainda assim ela afirma que confia na justiça para que o parlamentar possa pagar pelo seu crime.

Recordando o caso

De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil de Itaúna, no dia 9 de novembro, às 14h58, a mulher de 27 anos teria sido vítima de assédio sexual praticado pelo vereador Henrique Samuel (MDB). No relato registrado pela PC, a vítima compareceu à Delegacia para pedir providências, uma vez que o vereador, ao atendê-la, em seu gabinete na Câmara Municipal de Itatiaiuçu – onde ela teria ido solicitar emprego – teria praticado o assédio contra ela, tocando-lhe em seu corpo e passando a mão em suas pernas.

Além do BO na Delegacia de Polícia, a suposta vítima teria feito a denúncia junto à Procuradoria-Geral do Legislativo, com informações detalhadas do caso, além das registradas na Delegacia, pedindo providências. Em resposta a um jornal de Itaúna, o vereador negou as acusações e afirmou que estaria tomando providências para contestar a denúncia da jovem.