Censo 2022 entrevistou pouco mais de 50% da população em Itaúna

A resistência de algumas pessoas em atenderem os profissionais e responderem os questionários e a ausência de muitos em suas residências são as causas do atraso do recenseamento

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Em matéria recente publicada no jornal “O Tempo”, recenseadores que estão trabalhando na coleta de dados para o Censo Demográfico 2022, de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relatam uma série de ameaças e negativas da população para as entrevistas, que têm dificultado o trabalho. Além desses problemas, falsas afirmações na resposta ao questionário e a demora para receber os pagamentos também têm incomodado os profissionais.

O levantamento da população brasileira está atrasado já que a previsão de término era o mês de outubro. Agora, espera-se que os resultados sejam apurados até o mês de dezembro.  Segundo o IBGE as estatísticas atuais mostram que mais de 63% da população brasileira já foi recenseada. Em Minas Gerais, o percentual está dentro da média nacional: 63,44%.

Marcella Haila Antunes é coordenadora censitária de subárea em Itaúna. Em entrevista ao Jornal S’PASSO ela revelou que a data inicial de encerramento do Censo era 31 de outubro e que a situação desfavorável para o cumprimento dessa meta foi a falta de mão de obra em âmbito nacional, que impactou diretamente na coleta da pesquisa, resultando no atraso da finalização dos trabalhos. Diferente do que noticiou o jornal “O Tempo”, em Itaúna, de acordo com a coordenadora Marcela Antunes, os pagamentos dos profissionais estão em dia. Houve um problema no início, mas foi regularizado.

As dificuldades na execução da pesquisa são confirmadas por ela que destaca a resistência de algumas pessoas em atender à pesquisa, receber o recenseador e responder o questionário. Além disso, relata que muitas vezes há dificuldade em encontrar os moradores em casa, o que faz com que a coleta tenha que ser feita por telefone e por internet.

 Em Itaúna são 45 recenseadores e nove supervisores cuidando do Censo e dados recentes são de que 51,7% da população já foram entrevistadas. A primeira semana de dezembro é a previsão para que os trabalhos no município sejam finalizados. Os dados preliminares da pesquisa do IBGE saem até o final deste ano. Marcella Antunes ressalta a importância da pesquisa do Censo, que é a maior contagem populacional realizada pelo IBGE, órgão oficial de estatística do governo. “Através desses dados o governo terá um retrato da situação da população, o que irá embasar investimentos e políticas públicas nos níveis federal, estadual e municipal. Os dados são estritamente sigilosos e, por isso, pedimos à população que recebam os nossos recenseadores que estão em campo e respondam ao questionário. O nosso posto de coleta fica localizado na Rua Godofredo Gonçalves, 451, Centro, e estamos à inteira disposição para sanar quaisquer dúvidas”, pontua.

Dificuldades em condomínios de apartamentos

A recenseadora Gabrielle Caline Fialho Pedrosa explicou que desde outubro o trabalho de campo, de coleta de dados do Censo Demográfico 2022, tem tido melhor andamento, devido à maior divulgação da importância dessa tarefa entre a população. Ainda assim ela esclarece que existem muitas dificuldades no trabalho, que atrasam a coleta de dados e a finalização dos resultados. A maior parte do atraso acontece porque os recenseadores não encontram as pessoas nos seus domicílios e, principalmente, por que muitos moradores ainda têm resistência em responder ao questionário.

“Estou no 16º setor, com 1.700 questionários, porém, desde o primeiro dia de coleta enfrentei muita resistência por parte dos moradores por não entenderem a importância do Censo para o país. Há muita dificuldade de acesso em condomínios com grande agrupamento de apartamentos e a primeira abordagem a ser feita é a conscientização dos síndicos sobre a colaboração deles para o recenseamento dos moradores. Nos setores rurais, os domicílios são muito distantes uns dos outros, dificultando a locomoção, mas as pessoas são mais receptivas. Ela destaca ainda que o horário noturno é bom por ser o momento que muitos moradores estão em casa, mas ainda gera resistência pelo horário e estranhamento da população, o que também dificulta muito o nosso trabalho”, explicou.

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