Diógenes diz que vai à justiça contra jornal que acusou propina na compra de terreno do DI

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O secretário de Desenvolvimento Econômico, Diógenes Lopes Nogueira de Sousa Vilela, esteve na Câmara na tarde de quinta-feira (19) para uma audiência pública sobre a aquisição de terreno para construção do novo Distrito Industrial.

Na terça-feira (10) os vereadores aprovaram o projeto de lei do executivo para aquisição de um terreno rural, na antiga fazenda Três Barras, próximo ao aterro sanitário, de propriedade de Arildo do Varejão.

O imóvel foi avaliado por cerca de R$ 6,2 milhões, ao preço de R$ 53 mil o hectare. Dias depois da votação, vereadores da oposição receberam “denúncia anônima” de que o negócio não estaria correto e que havia indícios de corrupção por parte dos envolvidos na compra.

Um jornal da cidade noticiou o assunto e colocou o secretário Diógenes na condição de beneficiado da negociação fraudulenta. Diógenes Vilela (36) recebeu a reportagem do Jornal S’PASSO na tarde de sexta-feira (20) para falar do assunto.

Jornal S’PASSO – A Câmara já havia aprovado o projeto de lei para aquisição do imóvel para instalação do novo Distrito Industrial. O que houve a partir de então? Como surgiu essa conversa de valores diferenciados?

Diógenes Vilela – Estive em audiência pública com os vereadores, por mim solicitada, para falar da avaliação do terreno, dos imóveis que foram apresentados anteriormente e dos valores acertados. E, claro, dessa confusão que foi feita sobre o negócio. Então, essa dúvida surgiu quando três vereadores me ligaram…

Jornal S’PASSO – Vereadores da oposição.

Sim. Eles falaram que estiveram com o proprietário do terreno, que falou com eles em valor líquido e não em valor bruto. Essa dúvida foi levantada e eles vieram em meu gabinete na semana passada para esclarecimentos, e a partir daí comecei a levantar as questões para prestar as informações necessárias. Também procurei o dono do terreno, para as informações que precisava. Então, o valor líquido acertado com a Prefeitura, depois de avaliações de técnicos experientes, foi de R$ 53 mil o hectare x 116,23 hectares, que correspondem a R$ 6.160.486,00. Para mim, não importa quanto o proprietário vai pagar de corretagem ou de imposto e quanto será o valor líquido que ele receberá. A Prefeitura vai pagar ao proprietário aquilo que foi acertado, que está dentro da lei, depois de avaliação séria, o que está descrito no projeto de lei.

Jornal S’PASSO – Diante disso o que acontecerá agora?

Diógenes – Por causa dessa dúvida está suspensa a compra do terreno até que seja montada uma nova comissão para avaliar e que haja unanimidade nessa definição para a compra. Na audiência na Câmara, os vereadores da oposição foram unânimes em aceitar as explicações que eu dei. Não tenho dúvida quanto a qualidade do terreno, a necessidade dele para o município e para a instalação do novo Distrito Industrial. Eu quero mais uma conversa com o vendedor, depois com ele e os vereadores para que essas dúvidas sejam todas sanadas.

Jornal S’PASSO – Essa denúncia chegou até o semanário, que trouxe a matéria em manchete na última edição tratando da compra do imóvel, inclusive, como um negócio desonesto. Como foi isso?

Diógenes – Não sei como chegou ao jornal; isso não nos foi passado. Estou agora tomando as providências para ver os caminhos para investigar. No final da semana passada o Renilton (jornalista Renilton Pacheco) da “Folha do Povo”, me procurou querendo entender o que aconteceu, eu expliquei e ele respondeu que escreveria do jeito dele. Agora não sei se foi entendimento dele ou de terceiros. O que aconteceu foi que ele me denegriu, ofendeu minha honra e imagem ao tratar do assunto daquela forma.

Jornal S’PASSO – Que medidas serão tomadas?

Diógenes – Com relação aos vereadores, eles estão no papel de investigar e apurar os fatos. Eu alertei os proprietários de imóveis que visitamos com relação a isso, que vereadores iriam procurá-los, que seriam questionados. Não há problema nenhum nisso.  O veículo de comunicação também está no seu papel, no entanto, não posso é aceitar uma denúncia tão séria quanto ao meu caráter e idoneidade como profissional. O jornal falou em propina de meio milhão. Vou tomar as providências necessárias quanto a isso, contra o meio de comunicação e os autores da matéria.

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