Cresce a procura por repelentes para espantar o mosquito Aedes-aegypti, transmissor da Dengue

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O crescente número de casos e focos de Dengue nas cidades tem provocado uma caçada ao mosquito Aedes-aegypti, mas não é somente por parte da Secretaria de Saúde – do setor de Vigilância Ambiental, através dos agentes comunitários de saúde. As pessoas comuns também estão buscando meios de acabar com os insetos a todo custo e uma das formas é o uso de repelentes.

A reportagem do Jornal S’PASSO tem recebido mensagens de leitores dizendo que esses produtos, que prometem proteger as casas contra a Dengue, estão se esgotando rapidamente nas prateleiras das farmácias e supermercados. Marcas e substâncias contidas nos vários produtos disponíveis indicam que este é melhor que aquele, que aquele é melhor que este, seja em spray, gel ou pomada.

Daí, vêm os preços, que podem variar de R$ 17,99 a R$ 56,99. As soluções mais baratas, mas que não têm comprovação de eficácia de acordo com autoridades da área da saúde, são os produtos caseiros, inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros. Também as velas, os odorizantes de ambientes e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Podem apenas aromatizar e trazer sensação de segurança ao ambiente.

Os repelentes contra o mosquito e outros insetos podem ser eficazes, mas são perigosos para gestantes e crianças e, também, contraindicados em locais de pouca ventilação e para pessoas com problemas respiratórios e propensos a alergias. Em todos os casos deve-se procurar orientação médica.

Os princípios ativos dos repelentes aprovados pela Organização Mundial de Saúde são:  

– Icaridina: os repelentes com esse componente são os mais procurados. O período de proteção varia entre 8 e 10 horas e pode ser usado em crianças a partir de 2 anos.

– DEET: é o mais fácil de encontrar. Pode ser usado em crianças com mais de 2 anos e não deve ser aplicado mais de três vezes por dia.

– IR 3535: a Anvisa permite que seja usado em crianças com mais de 6 meses, mediante orientação do pediatra. Protege por até 4 horas.

O melhor repelente é acabar com o foco do mosquito

A solução mais eficaz contra o mosquito Aedes-aegypti transmissor da dengue, da zika, da chikungunya e da febre amarela, é eliminar os focos e os criadouros, ou seja, água parada e sujeira em quintais e lotes vagos.

A Secretaria Municipal de Saúde tem realizado ação com o “fumacê” nos bairros onde foram verificados maiores focos. Nessas ações a recomendação é que todas as portas e janelas de casas e comércios permaneçam abertas durante todo o período.

 O ‘fumacê’ tem como objetivo matar os mosquitos adultos, por isso deve-se deixar portas e janelas abertas para atingir estes insetos dentro das residências. Entretanto, a população precisa continuar a limpeza de quintais e residências, eliminando situações propícias à proliferação de possíveis focos. O “fumacê” mata apenas os insetos, não atingindo os focos, que permanecerão nas residências e originarão novos mosquitos infectados, capazes de espalhar a doença.