Após anos de trabalho, dedicação à família e muitas histórias na memória, ter qualidade de vida é o grande objetivo da população com mais de 60 anos. Muitos continuam a trabalhar, seja por necessidade ou inquietude pessoal, outros se aposentaram, por vontade própria ou por questões inevitáveis. Diante deste cenário, independente da realidade de vida do idoso, o que todos querem é ter condições de viver de forma plena, tendo preservados seus direitos à saúde, lazer, segurança e locomoção.
Os caminhos para transformar esse anseio em realidade, porém, independem do querer do idoso. A vontade de viver de maneira socialmente ativa se cruza com a precariedade de políticas públicas, a ausência de uma infraestrutura urbanística acessível e, inclusive, pela falta de aceitação social a certas limitações naturais provenientes do tempo.
A mobilidade urbana está entre as questões que mais afetam a qualidade de vida da chamada “terceira idade”. Aspectos básicos, como calçadas em bom estado, assentos em pontos de ônibus, rampas de acessibilidade, iluminação e placas de indicação como banheiros exclusivos e vagas especiais, tendem a não estar presentes da forma como deveriam nas cidades. Isso dificulta a locomoção do idoso e contribui para a exclusão desta parte da sociedade devido às dificuldades de acesso a serviços e bens oferecidos para a sociedades de forma geral.
Dentre algumas imposições feitas pela Lei 10.741/2003, conhecida com Estatuto do Idoso, está previsto legalmente que todas as barreiras que dificultem ou impeçam a movimentação sejam removidas. A lei proíbe obstáculos em espaços e edificações públicas e privadas e coloca ainda que todas as entradas em edificações e veículos devem ser acessíveis. Além disso, 5% do total de banheiros em determinados espaços, devem ser totalmente adaptados para a pessoa idosa.
Acessibilidade em Itaúna
As diretrizes específicas colocadas pelas leis vigentes atualmente na cidade de Itaúna são antigas, datam da década de 80. Dessa forma, a cidade ainda deixa a desejar quando o assunto é acessibilidade para muitos idosos e deficientes físicos. O JORNAL S´PASSO andou pela cidade e registrou locais de difícil acesso a essa parte da população.