Em nova audiência na Procuradoria do Trabalho, Santanense promete realizar mais um pagamento em atraso

Empresa ainda não regularizou benefícios não pagos, mas prometeu retomada das atividades; trabalhadores dizem que não confiam mais na direção da fábrica

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Novamente aconteceu uma audiência referente à ação dos trabalhadores da Cia. Tecidos Santanense, que estão afastados da empresa desde dezembro de 2023, sem receber o pagamento de salários e benefícios, como vale-leite e ticket alimentação. A audiência foi realizada na manhã de quarta-feira (20), na Procuradoria do Trabalho, em Divinópolis, sob a presidência do Procurador Alessandro Batista Beraldo, com a participação do advogado da empresa, Carlos Alberto Arikawa; do representante da  Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, o auditor fiscal, Carlos Calazans; dos representantes do Sindicato dos Tecelões de Itaúna, presidente Thiago Augusto dos Santos, diretor Bráulio Henrique de Oliveira e advogada, Izabella de Paula Vítor.

A Cia. Tecidos Santanense quitou um salário atrasado na semana passada, referente ao mês de dezembro de 2023, e prometeu para os próximos dias, até o final do mês de março, o pagamento de outro, porém, sem os benefícios não pagos, como o ticket alimentação. A Procuradoria do Trabalho reforça que a empresa tem que regularizar sua situação com os pagamentos em atraso e dar uma resposta satisfatória aos trabalhadores sobre as condições da fábrica. O advogado Arikawa esclareceu que está em andamento na CTS um processo para que as atividades sejam retomadas, em parcerias, onde a empresa pretende fabricar seus produtos “para terceiros e para a própria Santanense”, num prazo de 15 a 30 dias. Entretanto, a representante dos trabalhadores, advogada Izabella Vítor, afirmou que os empregados da empresa não tiveram sucesso em nenhuma das tentativas de realizar uma reunião com os dirigentes da CTS e que os mesmos não confiam mais nas suas tratativas.

A Procuradoria do Trabalho determinou para a próxima semana a realização de uma reunião entre os dirigentes da Cia. Tecidos Santanense e os trabalhadores, representados por seu sindicato, para que as decisões sejam acordadas.