ESQUENTANDO OS TAMBORINS

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Livro vai contar a história do Carnaval de Itaúna e bloco Boca de Sanfona já prepara folia para agitar o Padre Eustáquio e região

O empresário e carnavalesco Sérgio Nogueira Araújo, o Sérgio Tarefa, está terminando o livro de pesquisa sobre a história do carnaval de Itaúna. Ele revelou à reportagem do Jornal S’PASSO recentemente que a obra já está no prelo, faltando apenas a parte de diagramação e confecção da capa. Tarefa resgata fatos curiosos, imagens e muitos dados coletados em documentos e pesquisa oral com algumas das principais figuras dos blocos e escolas de samba da cidade. O livro também promete trazer informações sobre antigas agremiações – que não existem mais – e de sambas enredo que fizeram a alegria dos foliões de outros carnavais.

De um grupo de amigas para as ruas do Padre Eustáquio

O bloco Boca de Sanfona foi criado pelas amigas Doca e Célia, no bairro Padre Eustáquio, e sua estreia foi no carnaval de 2019. Este será o terceiro ano, já que em 2021 e 2022 não houve carnaval por causa da pandemia da Covid-19. A ideia surgiu em uma conversa no sítio, quando a turma queria um carnaval na sexta-feira para levar a família, onde fosse mais tranquilo e todos pudessem participar. O grupo de amigas/amigos decidiu fazer o próprio bloco, já que a turma é grande e muito animada.

“Resolvemos que seria no Veredas, na pracinha de baixo, mas logo os vizinhos ficaram sabendo e começaram a nos ligar, dizendo que não queriam lá de jeito nenhum. Então, optamos pela pracinha de cima, a maioria da vizinhança, nas proximidades da praça, estava no bloco, e deu super certo. Em nenhuma ocasião tivemos apoio da Prefeitura, nem mesmo para impedir o trânsito de veículos nas ruas. Foi a gente mesmo que impediu o trânsito e alugamos tendas etc. Tudo foi feito com a venda de abadás e com o apoio de patrocinadores amigos nossos”, revela Doca Prado, uma das criadoras do bloco.

Ela explica que o nome “é uma história à parte”, pois Boca de Sanfona é uma expressão que alguns usam no grupo, “principalmente o  ‘Diabinho”, para xingar a pessoa que fala muito, “que fala o que precisa e não precisa, mas não é um fofoqueiro”.

O Boca de Sanfona tá crescendo

No primeiro ano foram aproximadamente 100 participantes, no segundo, mais de 200. Esse ano já foram 80 abadás confeccionados e a concentração dos foliões será no “Brasa Espeteria”.

“Assim, não gastamos com infraestrutura, som, banheiros etc. Foi bom para o proprietário Rafael e também para nós. Estamos muito animadas e acreditando que o Boca de Sanfona vai ser um sucesso”, enfatiza Doca.