Foto: Itaúna Décadas
A Polícia Civil está investigando um caso de estelionato que, segundo denúncias, já fez várias vítimas que alegam terem sido lesadas ao realizarem a compra de um terreno. Até o momento, sete vítimas ouvidas pela Polícia, contaram que compraram um terreno no Córrego do Soldado de um homem que, após fechar a negociação, levou as vítimas ao cartório, e depois desapareceu.
Os terrenos foram vendidos no começo de 2019 e, após efetuada a compra e o pagamento, o suposto dono do imóvel teria registrado a negociação junto com as vítimas, no cartório de notas e não no cartório de imóveis, o que desqualifica a transação de compra e venda. Sem perceber o golpe, os novos proprietários fizeram benfeitorias, cercaram e construíram nos terrenos.
Os vizinhos dos novos proprietários notaram que a venda de todos os terrenos fora feita pela mesma pessoa, o suposto dono da área, e que todos tentaram fazer contato com ele, mas não conseguiam.
No início de 2020, as vítimas denunciaram o golpe e nas investigações, a Polícia Civil descobriu as fraudes nos contratos. Não há contrato registrado no cartório de imóveis, e o homem que efetuou as vendas não é proprietário da área. Quando o verdadeiro dono das terras foi localizado, informou que a área nunca esteve à venda.
O suspeito reside no bairro Padre Eustáquio, está sendo investigado e segundo a Polícia Civil, ainda não foi ouvido, pois as denúncias estão sendo anexadas ao inquérito e podem aparecer novas vítimas.
O delegado, Jorge Melo, alerta que golpes envolvendo a compra e venda de terrenos são comuns. “A pessoa que vai comprar um bem móvel, ou imóvel, deve atentar-se para a parte burocrática e, em hipótese alguma, realizar algum pagamento fora do cartório de registro de imóveis, pois no momento da aquisição, os documentos devem ser apresentados. É importante também certificar que você tem em mãos uma garantia de que o bem será efetivamente seu”, destacou o delegado.
