Greve dos professores do Estado continua, profissionais exigem reposição salarial

Em Itaúna paralisação é parcial, Governador afirma que grevistas receberão sanções e serão tratados com “máximo rigor”.

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Professores itaunenses participaram da manifestação em B.H.

A mobilização dos professores mineiros, capitaneada pelo SIND-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) prossegue. Em greve desde o dia 9 de março após decisão tomada em assembleia na tarde do dia anterior, os profissionais da educação cruzaram os braços a fim de exigir o pagamento do piso salarial dos professores.

Em novo encontro na tarde dessa quarta-feira (23) no pátio da Assembleia Legislativa em Belo Horizonte, a categoria mais uma vez reivindicou ao governo Zema a aplicação dos reajustes do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), a manifestação aconteceu no dia em que se comemora o Dia Nacional do Piso Salarial, quando foi instituída a Lei 11.738/2008 na Legislação Federal.

Atualmente, de acordo com o sindicato, o valor mínimo que um professor dos anos iniciais deve receber é R$ 3.845,63, mas em Minas Gerais a remuneração é de R$ 2.135,64.

A categoria rechaçou mais uma vez a proposta do Governador Romeu Zema (Novo) de conceder uma reposição de 10, 16%.

Em Itaúna a paralisação é parcial, até o momento segundo os representantes do Sindicato na cidade o quadro de adesão das escolas está assim:

Escolas paralisadas em Itaúna

✅ E.E. Manoel da Costa Rezende

✅E.E. São Geraldo

✅ E.E Padre Luiz Atualizando: no Pe. Luiz a maioria absoluta dos/as professores / (permaneceriam em greve até 23/03!)

✅ E.E. Dr. José Gonçalves (Garcias)

✅ E.E. Central (aderiu nessa quarta-feira 23/3)

Escolas parcialmente paralisadas em Itaúna

✅ E.E. Zezé Lima (parcial)

✅ E.E. Geralda Magela (parcial)

Escolas que ainda não se posicionaram

✅ E.E. Vitor Gonçalves  

✅ E.E.  Dona Judith Gonçalves

✅ E.E. Santana

✅ EE José Gonçalves de Melo

Em entrevista ao O GLOBO, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta quarta-feira (16) que os servidores da Segurança Pública, Educação e Saúde — em movimentos de greve e paralisação e que se recusarem a trabalhar — receberão sanções e serão tratados com “máximo rigor”.

“Tenho agido dentro da legalidade e, por isso, é importante que os servidores saibam que quem fizer o que é ilegal vai responder com rigor por isto. Quem fechar estradas ou impedir outros profissionais de trabalhar por se sentir insatisfeito com os reajustes propostos, por exemplo, será tratado com máximo rigor pela advocacia do estado. Será processado, terá seu ponto cortado, e isto pode levar até a demissões”, afirmou o chefe do Executivo mineiro.  

Sobre o movimento da Educação, o governador se referiu às lideranças da greve como “minoria ruidosa”, ligada a sindicatos.  “Eu tenho acompanhado todos os manifestos feitos dentro da legalidade e o respeito muito, ouço seus pleitos. Mas veja a situação da Educação: o movimento é liderado por uma minoria ruidosa ligada a sindicatos. Nem de longe refletem o olhar da totalidade da categoria sobre o nosso trabalho. Desde 2019, reformamos mais de 1.300 prédios e melhoramos a qualidade da merenda. Também distribuímos os recursos do Fundeb, que garantiram um 14º salário à categoria. Tem quem valorize tudo isso”, lembrou o governador.  

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