Justiça mira Itaúna na apuração de crimes durante as manifestações antidemocráticas em Brasília

Itaunenses já estão notificações de multas por bloqueio de rodovias e outros eventos

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As informações ainda são desencontradas, mas leitores do Jornal S’PASSO indicam que existem itaunenses na lista de pessoas que teriam participado dos atos antidemocráticos e de depredação do patrimônio público em Brasília no dia 8 de janeiro, que já indiciaram 232 brasileiros.

Como já noticiou a reportagem, esses itaunenses, ainda não foram confirmados como participantes diretos nos atos em Brasília, mas alguns são apontados como financiadores dos eventos e outros estão na lista dos manifestantes que se rebelaram em portas de quarteis, como no Tiro de Guerra local, em rodovias, queimando pneu, batendo continência para caminhões e bandeiras americanas e fazendo performances com aparelhos celulares tentando captar “sinais do além”, após as eleições que deram vitória ao petista Luiz Inácio Lula da Silva, nos dias que antecederam ao 8 de janeiro.

As informações sobre os itaunenses confirmam que alguns já receberam notificação de multas por atos de bloqueio de rodovias, com impedimento de tráfego de veículos.

No início dessa semana a Procuradoria-Geral da República acusou mais 31 pessoas por envolvimento nos atos de invasão às sedes dos Três Poderes no início do ano. Os 31 poderão somar aos 232 réus no processo de Brasília. O ponto de ligação para se conhecer esses novos acusados são vestígios de material genético encontrados em objetos deixados por eles em meio às depredações, como toalhas de rosto, batom, meia, máscaras de proteção facial, camisas, bandeiras, barras de metal, latas de refrigerante e garrafas d’água, além de bitucas de cigarro e restos de sangue.

Os fragmentos foram confrontados com amostras de DNA recolhidas de apoiadores do ex-presidente da República que estavam acampados em frente ao Quartel General do Exército, na capital federal, na manhã do dia 9 de janeiro. O resultado desse cruzamento de dados forneceu à PGR elementos para sustentar a acusação de participação desses suspeitos nas invasões e depredações.

Segundo reportagem do jornal “O Tempo” (terça-feira, 12/9/2023), o grupo já havia sido denunciado pelo órgão e respondia a ações penais por dois crimes: associação criminosa e por incitar as Forças Armadas contra os Poderes constituídos. Agora, passam a responder também por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.