A vereadora Márcia Cristina Santos (Patriota) voltou a fazer denúncias no plenário da Câmara de crime ambiental que estaria sendo praticado pela administração municipal. Desta vez ela trouxe informações, passadas a ela por um morador do bairro Parque Jardim Santanense, de que o aterro sanitário do SAAE neste bairro, que foi desativado há algum tempo, estaria recebendo resíduos dos cemitérios. Em vídeo mostrado na reunião do legislativo, o descarte de material dos cemitérios, como restos de caixão, coroas de flores, plástico preto para embalar cadáveres, como os utilizados na época da pandemia da Covid-19, foi feito no aterro e, após as denúncias, cobertos com terra.
A vereadora falou à reportagem do Jornal S’PASSO e também apontou que nos cemitérios, do Centro e do Parque Jardim, as caçambas de resíduos estão abarrotadas e, parece, a administração municipal não está encontrando uma solução para o problema. Márcia Cristina se disse emocionada, além de indignada, com a situação, principalmente porque se lembrou das pessoas, inclusive parentes, que morreram durante a pandemia há três anos e do destino que está sendo dado de restos de materiais do cemitério. Ao receber a denúncia, ela relata que foi ao local e que a princípio não queriam deixá-la entrar, mas ela impôs sua condição de vereadora, responsável pela fiscalização do serviço público. No aterro, também verificou que além de restos de cemitério, foram despejados pedaços de árvores, de corte das espécies arrancadas da avenida São João. Também informou que o Ministério Público, acionado pelo morador do bairro Parque Jardim, notificou o SAAE.
“Pode ser que tenha material de Covid misturado com esse lixo amontoado no aterro. É um descaso muito grande e uma questão de saúde pública que precisa ser resolvida”, pontuou a vereadora.
SAAE e Meio Ambiente não se pronunciam
A reportagem questionou o SAAE e a Gerência de Meio Ambiente sobre as denúncias feitas pela vereadora. A assessoria de imprensa da autarquia respondeu que iria se informar com a Gerência de Resíduos e daria o retorno. Pouco depois, pediu que o Jornal procurasse a Secretaria de Administração. A Gerência de Meio Ambiente não respondeu a mensagem do Jornal.
