Neider afirma que boatos de intercessão por Três são “falácias”

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Oposição alegou que prefeito teria solicitado apoio ao desembargador na liminar que devolveu o cargo ao vereador

Entre o início das investigações, a saída e retorno à Câmara, o processo de cassação do vereador Lacimar Cesário, o Três, foi carregado de polêmicas. O parlamentar, acusado de improbidade administrativa e falta de decoro, em crime popularmente chamado de “rachadinha”, alegou desde o princípio ser vítima de injustiça e teria sido alvo de uma série de erros perpetrados por uma Comissão Processante – formada pelos vereadores Joel Arruda (PL), Antônio de Miranda (PSC) e Anselmo Fabiano (PSD).

Com a decisão do desembargador Wilson Benevides no dia 28 de julho, Três retomou sua cadeira no Legislativo. Ao mesmo tempo, o efeito suspensivo da liminar emitida pelo magistrado belo-horizontino rendeu novos boatos na cidade. Membros da oposição afirmaram que o prefeito Neider Moreira seria amigo do desembargador e teria intercedido por Lacimar. Nas redes sociais, um militante da direita fez as insinuações de favoritismo da Justiça. Emanuel Ribeiro publicou e o companheiro e ex-assessor da vereadora Otacília Barbosa, Thiago Aníbal, compartilhou (com um “que assim seja”). “Aí o prefeito tinha um amigo Desembargador… E lhe pediu um favor… Mas calma. Será por pouco tempo”, escreveu.

Procurado pela reportagem, Neider disse que tais afirmações não passam de falácias e que os poderes são independentes. “Fico impressionado com a leviandade das pessoas para utilizar as palavras, como não se atém e não conseguem fazer interpretação dos fatos. Nós trabalhamos com uma situação de harmonia e independência. Como o prefeito de algum município vai interferir na decisão do Tribunal de Justiça? Isso não é possível, é falácia pura, falta do que dizer. Como temos uma administração que vai muito bem, conseguimos fazer uma reforma gerencial na Prefeitura, no SAAE, e os resultados estão sendo apresentados à comunidade, as pessoas começam a fazer ataques absolutamente inadequados, sem prestar atenção aos fatos”, destacou.

Na época do retorno do Três, o prefeito deu entrevista demonstrando apoio ao vereador. “O retorno é lógico, porque foi cassado sem nenhuma prova documental nos autos da comissão processante, ou seja, um ato de covardia foi feito à figura do vereador Lacimar, e a justiça corrigiu. É assim que deve funcionar o Judiciário, corrigir as coisas quando estiverem erradas”, afirmou.

O JORNAL S’PASSO tentou contato com o desembargador Wilson Benevides, na sede do Tribunal de Justiça em Belo Horizonte, mas não obteve sucesso. Encaminhamos e-mail com solicitação de posicionamento, mas até o fechamento da edição, não recebemos retorno.

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