Neider diz que coleta de resíduos das empresas de saúde é prejuízo para o município

Prefeito afirma que irá se reunir com empresários e propor que eles contratem o serviço; déficit chega a R$ 26 mil mensais

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lixo hospitalar

A prefeitura não quer mais prestar o serviço de recolhimento de lixo proveniente da saúde, como farmácias, consultórios médicos e dentários, laboratórios etc. A fala é do prefeito Neider Moreira (PSD), também presidente da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais – ARISB/MG, em entrevista ao Jornal S’PASSO na tarde de quinta-feira (8), em seu gabinete. Neider esclareceu que o município tem prejuízo mensal em torno de R$ 26 mil com esse tipo de serviço, pois ele custa R$ 30 mil e é arrecadado apenas R$ 4 mil de taxa. “Vamos nos reunir com os prestadores do serviço, que são os que geram o lixo e reafirmar que a responsabilidade de recolhimento é de quem gera, não da Prefeitura. Então, não temos a responsabilidade e nem interesse em continuar. Se formos continuar, teremos que seguir o que a ARISB estipula, ou seja, valores muito superiores ao que são pagos hoje”, explica. Dessa forma, os prestadores de serviço de saúde terão que contratar empresa especializada para o recolhimento desses resíduos.

O prefeito informou ainda que a ARISB está propondo revisão na cobrança da taxa de resíduos sólidos nas cidades que regulamenta e fiscaliza e que a proposta é que haja um decréscimo de mais de 4%, diminuindo o valor pago pelos cidadãos. Sobre a fala de alguns vereadores que insistem haver superávit no SAAE, o chefe do executivo salienta que “falar em superávit é uma grande bobagem porque o serviço precisa ter recursos para reinvestimento e uma sobra sempre é necessária. Por exemplo, estamos fazendo uma nova plataforma no aterro sanitário, que é licenciado ambientalmente. Itaúna é uma das pouquíssimas cidades do Estado que tem um aterro sanitário licenciado e só o custo de implantação dessa plataforma é de R$ 1 milhão. Tem que haver recursos para reinvestimento”, afirma.

Segundo Neider, não há exagero de dinheiro no caixa do SAAE e os vereadores fazem as críticas sem compreender a gestão pública. Falam por ouvir dizer. “Não procuram a fonte para terem as explicações. Os vereadores de Itaúna são preguiçosos, não querem entender a gestão pública, querem ficar jogando para a plateia”, posiciona.

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