A Câmara Municipal aprovou o projeto de lei que fixa o prazo de mais 36 meses para a conclusão das obras da unidade prisional no município, localizada próximo do campo de aviação, entre Itaúna e Divinópolis. A lei que dispõe sobre a construção do novo presídio na cidade é de 28 de janeiro de 2009, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.
Para a construção, o governo de Minas recebeu do Departamento Penitenciário Nacional recursos financeiros do Fundo para implantação de novas unidades prisionais no Estado. Deste modo, para que o projeto de construção da unidade prisional em Itaúna possa avançar é necessário que novo prazo seja estabelecido. O prédio será feito pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem.
O Jornal S’PASSO tentou, junto aos órgãos estaduais, sem sucesso, obter informações acerca do valor da construção da unidade em Itaúna.
O prefeito Neider Moreira (PSD), autor da matéria aprovada no legislativo, disse à reportagem que a nova unidade prisional poderá receber detentos de outras cidades, mas que será preferencialmente da Comarca. Sobre o impacto da construção no Município, o prefeito afirmou que a mudança é benéfica, pois Itaúna deixará de ter um presídio na zona residencial, próxima do centro da cidade, como é hoje a cadeia da rua Santana, se transferindo para uma área mais distante.
O vereador e policial penal Ener Batista (PSL) disse que particularmente, a cadeia no centro de Itaúna atende muito melhor, pois é mais fácil o deslocamento e mais próximo de sua casa, além de ele ter mais comodidade. No entanto, o que está em jogo é o coletivo, o modus operandi para o profissional que ali atua, para os detentos e seus familiares. Um presídio com melhor estrutura, diferente do atual prédio no bairro das Graças, antigo e ineficiente, vai facilitar a vida dos profissionais, dos presos e seus familiares, oferecendo segurança e dignidade.
Prédio antigo e estrutura defasada
Para o diretor geral do presídio de Itaúna, Weslley Sérgio, a construção de uma unidade prisional na cidade é um projeto muito importante, “haja vista que as instalações atuais, que têm mais de 60 anos e estrutura defasada, colocam em risco a população. Com uma nova unidade, tanto os presos bem como os policiais penais, estarão em melhores condições, um para cumprir sua pena com dignidade e o outro para exercer suas funções de forma mais eficiente”, pontuou.
Weslley Sérgio disse que o prédio permanece com superlotação, “mas sob controle”. O presídio tem 10 celas e a capacidade da unidade é para 68 presos, com a média de 16 a 19 por cela. “Hoje estamos com um quantitativo de quase o dobro dessa capacidade, mas chegamos a ter 254 antes da pandemia”, afirmou.