Otacília Barbosa e Hélio Machado – candidatos à Prefeitura de Itaúna

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Continuando a ouvir os candidatos a prefeito e vice-prefeito de Itaúna, o Jornal S’Passo faz a publicação nesta edição dos entrevistados Otacília Barbosa e Hélio Machado, candidatos do PV – Partido Verde.

Otacília Barbosa é filha de Otacílio Barbosa e Geralda Maria Barbosa. Mãe de dois filhos. Formada em Direito pela Universidade de Itaúna em 1994. Ingressou na Prefeitura em 1997, sendo funcionária de carreira há 23 anos. Atualmente é Procuradora Municipal concursada. Já ocupou os cargos de Procuradora Geral do Município, Controladora Geral, Secretária Municipal de Finanças, Secretária Municipal de Administração e Auditora Municipal. Atualmente é vereadora, eleita para o mandato 2017/2020.

1.Qual é a maior motivação para a sua candidatura a prefeita de Itaúna? Quais são os principais desafios que o próximo prefeito precisa assumir? E de que forma isso será viável?

A manifestação das pessoas sobre a atual situação da nossa cidade é que nos leva à disputa. Teremos muitos desafios, como a questão do endividamento, já que a dívida de Itaúna aumentou muito nos três últimos anos. Mas o principal desafio é devolver o sorriso, a esperança, a autoestima aos itaunenses. Será preciso muito trabalho, ouvir as pessoas e buscar, com a participação delas, as soluções para os muitos problemas. Questões básicas como a limpeza e manutenção da cidade, a manutenção do abastecimento de água tratada, a melhoria no transporte público, a reorganização do trânsito, serão atacadas desde o primeiro instante. E temos situações mais graves como o combate ao desemprego no pós-pandemia. Itaúna vai precisar se reinventar, com coragem e criatividade. Vamos cuidar de Itaúna e do futuro dos itaunenses. Essa é a motivação maior.

2. Eleita prefeita, você irá assumir o mandato no ano em que o município comemora 120 anos de emancipação politico-administrativa. O que isso representa para você? Qual é a alavanca do seu governo para a Itaúna do futuro?

Eu serei a primeira mulher a ocupar este posto, também, é sempre bom destacar isso. Itaúna tem uma estrutura construída ao longo dessas quase 12 décadas que a coloca à frente da maioria das cidades mineiras e até brasileiras. As administrações passadas construíram uma cidade com mais de 90% das vias pavimentadas, com água tratada, com captação de esgoto e próximo de ter o tratamento de 100% também, pois em algumas comunidades rurais já existe o tratamento. Temos, enfim, uma estrutura urbana muito boa, construída ao longo desses quase 120 anos, repito. O momento atual é de um certo abandono desta estrutura e até mesmo de críticas por parte da administração a tudo de bom que foi construído, antes, em nossa cidade. É preciso cuidar dessa estrutura, fazer manutenção, e expandir esses benefícios onde eles ainda não chegaram. Temos um programa de governo, que não é só uma proposta, e vamos apresenta-lo à população. E esse programa contempla medidas para recuperar o que já foi construído e ampliar os benefícios a locais onde eles ainda não chegaram. Vamos cuidar da nossa cidade. Vamos ouvir as pessoas, buscando a participação da comunidade, porque entendemos que não se administra um município como Itaúna, com o povo participativo que sempre teve, do gabinete. Eu e o Hélio, e toda a minha equipe, vamos andar pela cidade, falar com as pessoas, mostrar o que podemos fazer e discutir com a população o que deve ser feito. Aqui o espaço é curto para expor ações individuais, então a afirmação que fazemos, repito, é de que vamos cuidar de Itaúna, como ela deve ser cuidada.

3. Em tempos de pandemia da covid-19 a cidade de Itaúna, vive, como outras cidades brasileiras, momentos difíceis em todos os níveis. Qual seria a reinvenção política do chefe do executivo para devolver à população a confiança, a esperança e a motivação para as questões socioeconômicas e sociais da cidade?

Como afirmei no início, o momento pós-pandemia, com certeza, será necessário um esforço muito grande para a recuperação de empregos. Perdemos cerca de 8 mil empregos de carteira assinada. Temos um público de algo em torno de 20 mil pessoas no subemprego. É preciso buscar alternativas para essa população e nós vamos trabalhar isso. Temos projeto de valorização da mão de obra feminina, que em Itaúna é enorme e não valorizada. Vamos atuar na questão da oferta do primeiro emprego, criando benefícios fiscais às empresas que oferecerem essas vagas. E pretendemos ampliar serviços na área assistencial, na formação das pessoas, no auxílio para a busca de oportunidades, tanto de trabalho e renda, como de reinserção na sociedade. Vamos trabalhar na reconstrução da autoestima do itaunense. E esperamos poder contar com situação como a que vivenciamos atualmente, em relação a repasse de recursos para o enfrentamento da pandemia. Como exemplo, informo que já foram repassados, até o momento, final do mês de setembro, R$ 9.712.784,74, para Itaúna enfrentar a pandemia, propor ações, alternativas… Até a mesma data em que consultamos o Portal da Transparência, haviam sido investidos R$ 2.637.509,32. Existia um saldo, aí de R$ 7.075.275,42. E não há um programa de auxílio às famílias mais carentes, ao pequeno empresário, ao empreendedor autônomo… Nenhuma ação efetiva para minimizar os problemas desse momento. Isso não vamos deixar acontecer.

4. Estão entre os grandes problemas no município as políticas públicas voltadas para a cultura, o lazer e o entretenimento direcionadas, sobretudo, à juventude. Como a senhora pretende viabilizar a execução de projetos que atendam a essas demandas?

Novamente é preciso citar as administrações passadas. Itaúna conta com praças de esportes, ginásios poliesportivos, dezenas de quadras poliesportivas, estádios, campos, parques ecológicos, três teatros, enfim, existe uma estrutura física. Então, temos de usar criatividade, ouvir a população sobre o que ela quer fazer nestes locais. Inverter a situação de criar uma programação fixa e não ouvir a comunidade sobre o que ela quer, o que ela precisa. É necessário apoiar e investir mais em ações que já acontecem, como escolinhas, campeonatos, mas não é só isso. A juventude itaunense é muito criativa, e precisamos apoiar suas iniciativas. Houve um tempo em que as gincanas movimentavam a nossa população, jovens, crianças, adultos e até idosos. Era magnífico, porque eram as pessoas que faziam as gincanas, o município entrava com a sua parte, mas as pessoas é que realizavam a essência da festa, das ações. É preciso fazer voltar essa participação popular. Vamos conversar com os jovens, com os adultos, com as crianças, saber o que eles querem, buscar maneiras de apoiar as iniciativas, além do calendário já existente que precisa também de ser ampliado. Vamos atuar de maneira que a estrutura existente seja realmente utilizada. Expressões culturais de Itaúna como o Reinado, precisam de incentivo, de apoio. Temos um programa de governo em que o principal eixo é a participação da comunidade nas ações, não apenas no momento de participar, mas de escolher, de opinar sobre o que deve ser feito. Como prefeita, e esta é a opinião também do meu vice e dos companheiros que nos apoiam, vamos ouvir a população e trazer essas pessoas para ajudar na resolução dos problemas.

5. É possível que haja no município uma verdadeira participação popular na elaboração de políticas públicas para atender a um maior número de pessoas. A senhora concorda com isso? De que forma isto possa ser executado?

Claro que sim, veja a participação da população itaunense na APAC, na coleta seletiva, no Governo Itinerante, nas gincanas sobre as quais falei acima. E o Orçamento Participativo também é uma grande oportunidade de se exercer essa participação. É preciso que o cidadão itaunense seja chamado a participar, e ele vem, tenho certeza. São tantas e inúmeras oportunidades que podemos citar que demonstram essa participação da comunidade. Em todos os setores. Itaúna enfrentou crises como a do desemprego quando a Companhia Itaunense fechou, com a participação da comunidade. Deu e dá exemplos todos os dias. É só chamar e as pessoas participam. Não temos a menor dúvida disso. Por isso, nossa proposta é cuidar de Itaúna, pois quem cuida, ouve, conversa, acolhe, incentiva. É disso que precisamos, de ouvir as pessoas, de ter contato com elas e pretendemos administrar Itaúna com a participação da população em todos os momentos. A solução para os problemas não está na visão do técnico, apenas, na maioria das vezes está nas pessoas que vivenciam esses problemas. Vamos ouvir, conversar, buscar as soluções necessárias com quem enfrenta os problemas, porque ninguém melhor do que eles para nos apontar as soluções.

6. O que representará verdadeiramente a figura do vice-prefeito no seu mandato?

O Hélio Machado é uma pessoa com profundo conhecimento dos problemas dos bairros de Itaúna. Ele é uma pessoa sensata, cordial e participativa. Com certeza, mais que um vice, ele é um parceiro nosso. Tanto agora, na campanha, como em uma futura administração, será imprescindível para que tenhamos uma administração participativa. Não é “de gabinete”, é muito dinâmico e observador. Ele vai atuar na administração como um importante parceiro. Nossa sintonia de pensamentos é muito grande. Ele também quer, assim como eu e os demais companheiros, recuperar a autoestima dos itaunenses. Nós, eu, ele, os companheiros e a população itaunense, vamos cuidar de Itaúna, tenho certeza.

Entrevista do candidato a vice-prefeito

Hélio Machado é filho do senhor Bené e de Dona Ivolina. Foi comerciante por mais de 26 anos no Bairro Cidade Nova. É casado com Mirtes Maria, com quem tem um casal de filhos. É avô de um neto. Atuante na comunidade, católico praticante, já exerceu cargos junto à comunidade de Santa Edwiges, no bairro Cidade Nova.

Foi vereador no mandato 2013/2016, quando atuou junto à administração para a obtenção de benefícios para a comunidade, com destaque para a região do Bairro Cidade Nova e entorno e para a área rural do município. Hélio tem o Ensino Médio completo.

1. O que dizer de sua candidatura a vice-prefeito? O que levou a essa escolha e como o seu nome foi colocado junto do partido?

Nosso nome surgiu após o Jason Vidal abrir mão da vaga devido a questões pessoais que ele expôs e todo o grupo entendeu. E ele continua com a gente, apoiando a nossa proposta e participando dela, é candidato a vereador pelo nosso grupo. Assim, indicaram meu nome para substituí-lo. Conheço a Otacília e admiro o trabalho dela há vários anos. E já estava participando da campanha dela como possível candidato a vereador e também propondo ações, ajudando na elaboração do programa de governo que, como a gente fala, não são propostas apenas, mas uma linha de ação administrativa. Minha ideia é muito próxima da Otacília e dos companheiros que estão nos apoiando. Nós queremos cuidar da cidade, realizar coisas grandes, mas principalmente, tratar das pequenas coisas que estão esquecidas. A limpeza da cidade, a recuperação dos espaços públicos, os reparos necessários, o contato com a população para que ela aponte o que é necessário…

2. Eleita sua chapa, como você pretende atuar junto à prefeita? O que você tem como propostas para a administração municipal na condição de parceiro da chefe do Executivo?

Com certeza, vamos ter muito espaço para atuar. A Otacília é uma pessoa aberta a sugestões, ela é de grupo, sempre esteve ligada a esse grupo do qual também faço parte. Vou ter minha atuação no dia a dia da administração, assim como vamos buscar a participação da comunidade com a gente. Sei que posso colaborar bastante e temos conversado muito sobre isso. Ela sabe ouvir, eu sei falar, nós nos entendemos. Formamos uma parceria que vai dar muito certo. Vamos, junto com a população, cuidar de Itaúna!

3. Na sua visão, quais são os principais desafios que a administração municipal irá enfrentar nos próximos quatro anos?

A próxima administração vai receber uma dívida enorme, como todos sabem. O asfalto que está sendo feito agora vai ser pago depois… Teremos uma situação pós pandemia, com aumento do desemprego e mais pessoas necessitando dos serviços públicos. Conheço muita gente que teve de abrir mão do plano de saúde, por exemplo, e passou a contar com o SUS. Outras que perderam o emprego e estão tendo que se virar com autônomos. A população tem muita carência na área da saúde, de serviços básicos, de transporte coletivo eficiente. Até a água começou a faltar nos últimos anos. A cidade está malcuidada, precisa de uma ação imediata de limpeza, de capina nas ruas, um mutirão de limpeza, mesmo. Então, não será um grande desafio, mas vários desafios. E vamos precisar de criatividade, mas principalmente, de abrir espaços para a população participar, apontando as soluções e ajudando a resolvê-las.

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