Polícia Civil investiga desvio de mais de R$ 200
mil de recursos do FUNDEB de caixa de escola

Assunto ainda é tratado com reserva por colegas e até autoridades. Profissional teria sido detido, mas liberado em seguida até a apuração dos fatos

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Um colégio da rede estadual em Itaúna está envolvido numa denúncia de desvio de dinheiro dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A notícia chegou à redação do Jornal S’PASSO na tarde de quinta-feira (11). O profissional, de 40 anos, teria sido preso, em flagrante, na quarta-feira (10), quando tentava sacar um cheque da escola. Ele é suspeito de desviar cerca de R$ 280 mil dos cofres do educandário. O esquema de desvio estaria sendo feito não só por ele, mas também com a participação de outros servidores da instituição. Uma funcionária que presta serviços na tesouraria foi quem denunciou o esquema depois de desconfiar das movimentações bancárias pelo profissional. Na escola, onde a reportagem tentou obter informações, o silêncio era quase que total. Um ou outro que falou ao Jornal limitou-se a dizer que “alguma coisa estranha estava acontecendo”. As informações iniciais foram desencontradas, mas, depois, pessoas ligadas a servidores da escola garantiram que houve uma ação da Polícia Civil na instituição e na casa do profissional, além da convocação da 12ª Superintendência Regional de Ensino, situada em Divinópolis. Essas narrativas também apontam que houve o recolhimento de aparelhos celulares dos envolvidos e de notebook do colégio.

Instituições aguardam apuração para se manifestarem

Nos órgãos onde as informações poderiam ser fornecidas com maior presteza e confiabilidade, como a Polícia Civil e a 12ª Superintendência, a fala é de que o assunto está sendo apurado. Há um cuidado, especialmente da Superintendência, em expor a situação e os servidores investigados. Os dois principais envolvidos já estariam sendo exonerados. Um teria sido detido pela Polícia, mas foi liberado em seguida, até que os fatos sejam apurados.

Professora assume o comando do educandário

A escola em questão está sendo administrada nesse momento por uma outra profissional, que é vice-diretora, por ordem da Superintendência de Ensino, subordinada à Secretaria de Estado da Educação. A reportagem do Jornal S’PASSO não conseguiu falar com ela até o fechamento dessa matéria. Na escola, disseram que ela não estava ou que estaria em reunião e não poderia atender. Nesses casos, por orientação dos órgãos superiores, a diretora interina não pode se manifestar. As respostas devem vir diretamente da Secretaria de Estado, através de sua assessoria de comunicação. A reportagem está aguardando o retorno de mensagem da Secretaria e, posteriormente, irá fazer as modificações na matéria.

SindUTE não falou

A reportagem solicitou ainda uma fala da direção do Sindicatos dos Trabalhadores em Educação de Itaúna – SindUTE, sobre o assunto, mas igualmente não obteve resposta.

Homem denunciado não quis falar

O profissional da escola, denunciado, depois de várias tentativas do Jornal, encaminhou uma mensagem de que não iria se pronunciar no momento sobre esse fato, além de achar prematura qualquer menção ao mesmo.

Crimes de Peculato e Estelionato

Na manhã de sexta-feira (12) a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil encaminhou resposta ao Jornal S’PASSO acerca da denúncia contra o profissional da escola de Itaúna. Sobre os fatos, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que prendeu em flagrante um homem, de 40 anos, suspeito pela prática dos crimes de peculato e estelionato e que ele é investigado pelo desvio de mais de R$ 200 mil de recursos públicos do caixa de uma escola estadual da cidade.

Os levantamentos apontam que o suspeito teria utilizado a conta da escola para efetuar pagamentos pessoais, além de realizar saques. O homem também teria depositado cheques da instituição em conta de sua titularidade. O suspeito foi liberado conforme previsão legal após assinar termo de compromisso e o inquérito encontra-se em andamento na Delegacia de Polícia Civil em Itaúna.

A Polícia Civil esclarece ainda que todos os esforços são empreendidos para apuração dos fatos. Se indiciado, as penas imputadas ao investigado podem chegar a mais de 20 anos de prisão.

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