Subsídio financeiro para a empresa ViaSul ainda não foi encaminhado à Câmara

Prefeito Neider afirma que valor da subvenção ainda não foi definido e que pagamento será feito de acordo com os recursos orçamentários, sem prejuízo para outros serviços

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Ainda não chegou à Câmara o projeto de lei do executivo que irá destinar recursos para cobrir prejuízos da empresa de transporte público ViaSul, que presta serviços em Itaúna. O prefeito Neider Moreira (PSD) respondeu o Jornal S’PASSO sobre o encaminhamento da proposição e afirmou que o projeto deverá ser chegar à Câmara na próxima semana. O valor do aporte financeiro ainda está sendo definido. No ano passado em reportagem do Jornal S’PASSO a Comissão de Transporte Coletivo anunciou que a concessionária ViaSul havia solicitado à Prefeitura uma subvenção de R$ 14 milhões para cobrir prejuízos dos anos anteriores, principalmente no período da pandemia da Covid-19, como uma solução para que o serviço de ônibus continue sendo oferecido. Naquela época várias cidades subsidiaram os serviço de transporte coletivo para ajudar a manter as atividades em funcionamento. Em Belo Horizonte, a Câmara Municipal aprovou R$ 237 milhões de subsídio para as concessionárias do transporte público.

Crise financeira

A concessão do benefício à ViaSul é fruto de estudo feito pelo departamento de trânsito e mobilidade do CEFET, que foi contratado pela Prefeitura para realizar investigação do contrato da empresa, de 2017 a 2023. “Neste período tivemos uma crise nacional do transporte coletivo, que ficou mais evidenciada com a pandemia. O número de usuários do sistema caiu bruscamente. Ao mesmo tempo tivemos uma variação enorme dos insumos do transporte, em especial óleo diesel e pneus. Tudo isso gerou um desequilíbrio muito grande financeiro do contrato”, esclarece.

O prefeito explicou que o pagamento do subsídio será feito pela Prefeitura da maneira que o orçamento municipal puder comportar. É uma decisão que será tomada pela administração municipal. “Iremos pagar à medida que tivermos condições orçamentárias, não iremos sacrificar outras áreas de investimentos prioritários do município em função disso”, pontua.

Se o projeto não for aprovado empresa pode desistir do serviço

O Jornal perguntou o que irá acontecer caso o projeto de lei não seja aprovado na Câmara Municipal. Neider advertiu que nesse caso a empresa poderá desistir de continuar com o serviço e a cidade ficar sem transporte coletivo, até que se encontre uma outra concessionária que se habilite a fazer um novo contrato.